quarta-feira, 22 de abril de 2015

Excesso


Os jornalistas políticos confessam que nunca foram tão bem nutridos de notícias como nesta fase de escândalos, incompetência e corrupção.
O ridículo, que antigamente era motivo de zombaria, tornou-se a moeda do momento em nosso país.
A estupidez atingiu os patamares mais altos da sua cotação, e o pior é que há seguidores dessa estranha seita política.
No epicentro de tudo a tão esfarrapada desculpa de sempre: o culpado é sempre o outro diante da descoberta de um deslize de ética e das dificuldades administrativas.
Tudo que sofremos neste momento de humilhação perante o mundo tem um culpado - o pobre Adão e sua companheira Eva.
Foram eles os primeiros responsáveis pelas obras públicas inacabadas e superfaturadas, cobrança de impostos absurdos, salários aviltantes, desemprego em níveis preocupantes, sucateamento da educação, saúde, transporte e serviços essenciais, com a institucionalização da propina.
Se não houver com urgência reformas no nosso sistema político, essa lengalenga virará doutrina de início de governo - dificuldades encontradas são responsabilidades do antecessor.
Concluído o mandato constitucional tudo continuará como dantes. Pena eu tenho de Thomé de Souza, primeiro Governador Geral do Brasil e que, portanto, não teve antecessor para criticar.
Nossos governantes são pessoas inteligentes, com estudos formais ou não, experientes em seus negócios privados, conhecedores do mundo moderno, mas, ao assumirem o governo jogam a culpa das dificuldades sempre no seu antecessor.
Experiência para eles é igual farol de automóvel virado para trás – só ilumina o passado, no dizer do escritor e médico Pedro Nava.
Vamos construir do caos uma nova sociedade e deixar como legado a nossa sofrida e enganada população.
Existem bons exemplos a serem seguidos, e isso não é demérito para ninguém, muito pelo contrário.
Nossa gente não suporta mais autópsias ao passado!
Queremos um futuro, e menos notícias negativas!

Gabriel Novis Neves
29-03-2015

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