Nessas últimas semanas, enfrentei uma turbulência de trabalhos acadêmicos, e visitas ao oftalmologista e cardiologista.
Na próxima semana muitos estarão de férias para celebrar as festas natalinas e ano novo.
Concedi em minha casa cinco entrevistas.
Uma para a defesa de tese de mestrado para o curso de História na UFMT.
Foi sobre o antigo Hospital Colônia de Alienados do Coxipó da Ponte, conhecido como ‘Chácara dos Loucos’.
Fui seu diretor no período de março de 1966 a maio de 1968.
Minha primeira missão foi mudar o seu nome, para Hospital Adauto Botelho.
Humanizá-lo o quanto do possível.
O hospital funcionava também como Manicômio Judiciário e atendia todo o Estado, ainda não dividido.
Era o local para aulas práticas de psiquiatria forense para os alunos da Faculdade Federal de Direito de Cuiabá.
Na verdade, era um imenso depósito de doentes mentais, cujas famílias na maioria, não queria recebê-los após a alta hospitalar.
Naquela época um Juiz de Direito mandava a Polícia Militar recolher os moradores de rua que eram encaminhados para o Hospital Psiquiátrico, única opção para cumprir a ordem judicial.
No outro dia eu ficava sabendo da internação de moradores de rua e os liberava, pois eles não eram doentes mentais.
Limpar esse problema social dessa maneira não era justo.
Sabedor que eu os libertavam, o juiz ameaçou-me de prisão!
Assim era o Adauto Botelho.
A professora de História me fez inúmeras perguntas sobre esse hospital, que até hoje merece atenção dos estudiosos.
A tese foi aprovada e ela aguarda vaga para o curso de pós-graduação na UFMT.
Dei uma longa entrevista e gravei um vídeo sobre os cursos cinquentões da nossa universidade: Administração, Agronomia e Engenharia de Floresta.
Gravei um curto depoimento com imagem e som para a inauguração da placa comemorativa da ‘Sala de Partos’, primeira sede da reitoria da FUFMT.
Fui entrevistado pelo professor de história Oscar Correa, para o ‘Programa Wilson Santos’ na TBO.
E fechando o ano com chave de ouro, minha sala de jantar foi transformada em um mini estúdio de televisão para gravar e divulgar uma live para a Casa de Cultura Silva Freire, administrada, e muito bem, pela sua filha professora doutora Larissa Freire Spinelli.
Técnicos, fios, luzes, três câmeras para filmar, fotógrafo, um aparelho de TV, microfones sem fio.
Os entrevistadores: Professora Mestre em filosofia Valderez do Amaral e o Professor Doutor em história Fernando Tadeu de Miranda Borges.
“Conversas ao pé do cajueiro’ demorou três horas.
O tema central era sobre a poesia, do também professor de Direito da UFMT, Silva Freire.
‘A universidade’ na visão do poeta em 1979, sua preocupação com o meio ambiente, ecossistema, a inevitável ocupação da nossa Amazônia, preservação da nossa história e cultura.
Terminamos a conversa relembrando fatos históricos da universidade da selva, no mês que a universidade completa 54 anos de criação.
Café com bolo e água gelada foram servidos após a live para todos os presentes se confraternizarem!
Tudo é Natal e Ano Novo!
Gabriel Novis Neves
18-12-2024
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