sexta-feira, 29 de agosto de 2014

NOVIDADE


Escrever sobre política partidária sempre me traz profundo desconforto. É como assistir pela enésima vez o mesmo filme, mas com atores diferentes.
Sempre as mesmas promessas nunca cumpridas, a forçada simplicidade, o amor aos pobres e outras baboseiras próprias deste período de caça ao voto.
Para a nossa felicidade,  este ano o Programa Eleitoral Gratuito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não será mais o grande palco dessa comédia de mentiras e agressões.
As redes sociais reproduzem - tais coelhos - filmetes bem feitos e humorísticos sobre os principais fatos políticos da hora.
A carga pesada das críticas, por enquanto, está focada nos dois principais candidatos competitivos ao cargo majoritário e que não são apoiados pelo governo do Estado.
O humor bem feito é instantâneo e devastador, acabando num instante com a humildade e ética dos criticados.
Em poucas horas percorre todo o nosso continental Estado.
Sendo assim, os tão disputados segundos do Programa do TSE, causador de coligações as mais esdrúxulas possíveis, perderam valor, fica igual comida amanhecida, tamanha a rapidez da Internet em espalhar as notícias que interessam ao eleitor.
Que a fábrica, ou fábricas, de filmetes políticos está trabalhando na sua capacidade máxima, isto está.
Enfrentar uma eleição com um inimigo invisível é uma novidade em nosso meio, e de prognóstico difícil.
O meu consultor político, aquele que não usa falhar nas suas previsões, me garantiu que não sabe quem ficará em primeiro e terceiro lugar. O segundo lugar está decidido, mas não posso revelar, a pedido do colega.
Será também a estreia do segundo turno nas eleições para governador do Estado.
Quem diria que esse Bill Gattes iria interferir até em nossas eleições com a criação da internet!
Quanto se investiu em segundos nos partidos nanicos para fazer o palanque da televisão! Que era o caminho certo para a vitória.
A presença atuante e permanente das mídias sociais alterou o sistema de forças produzidas pela informação, até então patrimônio da televisão.
O mundo é do poder da tecnologia e a novidade nestas eleições servirá de parâmetro para o nosso futuro.

Gabriel Novis Neves
28-08-2014

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