sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Inversão de valores

Queixamos que o nosso pais enfrenta a sua pior crise moral e ética.
Porém, essa situação é determinada por nós que aplaudimos a falta de educação, cultura e, cultuamos o roubo aos cofres públicos e a impunidade.
Aplaudimos com entusiasmo essa verdadeira inversão de valores e, depois nos lamentamos hipocritamente que, o mundo mudou para pior.
Esquecem esses manipuladores da opinião pública, ao impor as suas preferências de vida ideal, que nós é que emburrecemos.
Os jornais não vendem notícias de conquistas da nossa juventude, omitindo o bom que ainda realiza a nossa raquítica e desnutrida sociedade.
Os espaços generosos da mídia escrita são dedicados aos peitaços e bundas siliconadas, transformando a mulher em “Melancia”, “Popuzuda”, “Melão”, “Bananinha” ou entrevistando determinada “atriz” da época do Chacrinha,  de como realizou um seriado de filmes pornográficos.
Olhos de japonesa, beiços do cacique Raoni, testa esticada entrando pelo crâneo, pele do rosto esticada, criando o padrão único de mulher brasileira, - a da “profissional da beleza” ou, emergentes dessa nova classe de milionárias.
Mas, isso é papel do cirurgião de estética e do bom cartão de crédito.
Barriga tanquinho e músculos turbinados completam a felicidade do perfil atual dos fazedores de opinião.
Nesse grupo incluem os metrossexuais, novidade neste pais de contrastes e injustiças.
Este é o modelo dos nossos heróis e, exemplos para nossas crianças.
Pior, são os programas de televisão aberta fazendo apologia para o que há de inaceitável em costumes e hábitos naturais entre pessoas.
Parece até, que para vencer na vida, há necessidade de seguir os padrões das suas novelas com beijaços na boca seja qual for o sexo, desde que dê audiência e faturamento a emissora.
Crianças crescem em frente a TV, logo tornando-se abobalhadas, sem conseguir conectar pensamentos muito menos desenvolver um raciocínio lógico, tornando adulto com todos os predicados para a exercer a Presidência da República.
Só sabem teclar o seu moderníssimo iPhone, presente dos pais.
Quer imbecilidade maior que os importados BBBs?
É passado o momento de jogar no ostracismo a essas babaquices que nos são impostas, deixando de assistir a esses programas que só sobrevivem com a plateia que tem e que somos nós.
Causa revolta a uma minoria o estranho pais em que vivemos, onde o errado é o certo.

Gabriel Novis Neves
15-07-2014

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