quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

PROPAGANDA NÃO SE FAZ!


Bastou-me fazer a publicidade — compartilhada numa crônica — de que era imune à má sorte, no outro dia me veio o castigo.


Fosse nos saudosos tempos de menino, diria que ‘o castigo veio a cavalo’. Hoje, o provérbio de ontem se distanciou da realidade. Talvez seja mais apropriado algo assim: ‘o castigo veio à velocidade da luz’.


Desde que instalei a internet em meu escritório, não me lembro de ter passado tantos dias sem a indispensável companhia dela.


Foi um triste final de semana que se alongou para o início de uma nova.


Sem nada a fazer, dei-me ao luxo de dormir o dia todo, façanha não realizada há muito tempo.


Estou chegando ao terceiro dia sem internet, e nada da visita técnica prometida.


O contato que tenho aqui em Cuiabá não mais atende aos meus chamados. Ainda que insistentes sejam.


Teimoso, não desisto. Bato na mesma tecla, chamando a operadora.


A representante está mais perdida que ‘cachorro em noite de queima de rojões’.


Fui informado de que, no meu bairro, houve um sério acidente com a rotura dos cabos de fios da internet.


Pela lógica, detectada a origem do transtorno, o problema estaria num zape solucionado.


Ela trataria de agendar um encaixe para a visita técnica. Talvez consiga fazê-lo no dia do ‘São Nunca’.


Não soube mais informar.


Sabendo que cuidava de conversa gravada, perguntei-lhe — quase ao estilo de ‘deboche’ — se ela me recomendaria contratar um técnico particular.


Essa é uma decisão do consumidor, respondeu ela. No caso, desligamos o celular sem avaliação.


Cataloguei uma lista enorme — acumulada com o tempo — de prestadores de serviço da operadora que me atende.


Aleatoriamente, pincei um nome feminino, chamando-a pelo celular.


Um pouco mais tarde, ela me respondeu pelo WhatsApp.


Educada — não esperava outra coisa —, informou-me de um novo problema técnico na região onde eu moro.


Assegurou que os técnicos já estavam trabalhando no local. Daí, me repassou um ‘print’ de nova visita técnica, fixada para as 18h.


Não acredito que essa barafunda seja resolvida hoje.


Enquanto aguardo, tentei escrever esta crônica sobre ‘infelicidades tecnológicas’.


Publicarei tão logo volte a retomar, amistosamente, meu namoro com a internet. 


Gabriel Novis Neves

8-1-2024




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