quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

FRONTEIRAS DO TEMPO


Estamos no mês propício para refletirmos sobre as fronteiras do tempo. Será que elas realmente existem, ou é apenas uma convenção para evitarmos viver em linha reta?


Contar o tempo tem o nome de calendário, e sempre foi uma preocupação do homem.  Em geral, os Calendários se baseiam nos ciclos do Sol e Lua.


O mais antigo calendário é o chinês, e teve o seu início entre 2697 a.C. e 2597 a.C.   Depois, os egípcios estabeleceram um ano civil invariável de 365 dias, após muitas reformas, conservando a tradicional divisão em 12 meses de 30 dias e 5 dias adicionais no fim de cada ano.   No dia 24 de fevereiro de 1582, o papa Gregório XIII criou o Calendário Gregoriano, para ajustar o ano civil ao ano solar, período que a Terra leva para dar uma volta ao redor do Sol.


Na atualidade existem aproximadamente 40 calendários em uso no mundo, que podem ser classificados em três tipos: Solares, Lunares e Lunisolares.


O homem tem uma grande necessidade de marcar o tempo; não apenas por questões práticas, como também psicológicas.


Quando Cabral chegou por aqui encontrou os nossos índios medindo o tempo pelos ciclos lunares.


Ninguém sabe ao certo como se chegou à data para ser o primeiro dia do ano. Eram muito complicados os cálculos que se faziam naquela época para se chegar àquela data.


Realizei toda essa pesquisa para dizer que ganhei de Natal de uma das minhas irmãs o Calendário do Sagrado Coração de Jesus, ano 2022.   


Essa "Folhinha", editada pela “Editora Vozes”, está na 83ª Edição, e a conheci logo que foi lançada, na casa dos meus pais.  Na ocasião, eu fazia o antigo curso ginasial, quando os professores de português escolhiam temas para exercícios de redação a serem feitos como tarefas de casa.


Quando não pedia auxílio ao Rubens de Mendonça meu vizinho de rua, implorava por auxílio à  minha mãe Irene, sempre ocupadíssima com a “criação da filharada”. 


Esta comprava livros de Monteiro Lobato para minha leitura e desenvolvimento da aptidão para a redação.  Também me aconselhava a ler diariamente a Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, com suas anotações muito interessantes.


Em breve teria acumulado informações para minhas redações escolares e para a minha vida.


Durante o período que estudava aqui, logo após o café da manhã, arrancava do calendário a folhinha do dia anterior e lia os acontecimentos históricos e mensagens filosóficas sobre o dia que estava começando.


Este ano, a Folhinha de 83 anos brinda o Ano Novo com a letra de uma canção de Jota Quest que exprime o desejo de todos nós:


“Vivemos esperando dias melhores, dias de paz, dias a mais, dias que não deixaremos para trás. Vivemos esperando o dia em que seremos melhores: melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo”.


Gabriel Novis Neves

17-12-2021




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.