sábado, 18 de dezembro de 2021

ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA


Na vida temos as grandes tarefas que consomem quase todo o tempo que passamos por aqui; e as pequenas tarefas que nos chateiam.   Até hoje não me conformo de ter que fazer a barba diariamente para me apresentar com aspecto limpo e saudável.   


Quando jovem, em pleno apogeu da testosterona, se fosse a uma solenidade à noite, teria que fazer novamente a barba.   Do contrário achava que estava sujo, mesmo tendo tomado banhos. Só fiz barba com navalha em salão de cabelereiro uma única vez em toda a minha vida.


Tinha duas pintas pretas no rosto. Uma no lábio superior esquerdo. Outra no queijo. Ambas benignas. Sangravam às vezes quando, mesmo com cuidado, as lâminas de barbear as atingiam.   Procurei um cirurgião plástico para retirá-las. Hoje nem cicatrizes tenho. Dizem até que perdi minha referência facial.  Atualmente não me barbeio diariamente por pura comodidade, e também porque não saio de casa.   Só assim, fiquei livre dessa chatura de barbear diariamente.


Outra tarefa desagradável é a de cortar minhas próprias unhas das mãos. De vez em quando tiro uns bifes delas.  Quando mais jovem também cortava minhas unhas dos pés. Hoje não tenho curvatura abdominal para chegar até elas - nas pontas dos dedos dos meus pés.


Como cortar unhas das mãos é um procedimento cirúrgico, sempre evitei manicures de salões de barbeiro, ou aquelas que atendem no domicílio.  Quando perdi a curvatura abdominal para cortar minhas unhas dos pés, procurei um podólogo no shopping.


Ia muito bem até a chegada da pandemia levando-me ao isolamento social.  Agora, quando necessito peço ajuda à minha enfermeira.


Uma pequena tarefa chata é atender chamadas telefônicas com robôs do outro lado da linha.  Outra “pequena tarefa” chata, é a de pagar as contas no final do mês.


Gabriel Novis Neves

14-12-2021





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