Somos filhos da natureza e como tal devemos nos comportar.
Olha a história do rio e do mar.
O rio tem medo de entrar no mar e teme pelo seu desaparecimento.
Lembra do seu nascimento e seu longo percurso, passando por florestas, montanhas, pantanal, morros, povoados, sempre seguindo o seu destino que é o mar.
O rio teme seu desaparecimento.
Ao entrar no mar ele se transforma em oceano que banha continentes.
A água do rio não volta atrás, sempre avança.
A água que você tocou jamais será tocada outra vez.
Da sua nascente (nascimento) até o mar (que será a sua morte) o percurso não é igual para todos.
Uns terão percursos mais longínquos, outros muito mais curtos, porém seus destinos serão sempre o mar onde desaparecerão, sofrendo a sua ressurreição nas águas do oceano.
Nossa vida também é assim e não devemos temer a morte, que irá acontecer no momento que avançamos no tempo.
Sempre estaremos diante da primeira vez o tempo todo da nossa vida.
Não podemos voltar, mesmo que nos esforcemos, pois a nossa vida é assim.
Temos que avançar como o rio até o Oceano, e entrar no plano espiritual, lugar da nossa vida eterna.
Por que razão temer tanto o que irá acontecer se é o nosso destino?
Entre os animais o ser humano é o único que sofre por antecipação, pois é impotente para mudar o destino da sua vida, que é a morte.
Temer o que vai acontecer não é cruzar os braços e aguardar chegar no oceano como os rios.
Estes fazem um percurso, não em linha reta, descendo e subindo montanhas, percorrendo as planícies de maneira tortuosa, florestas, sabendo que vão desaparecer nos oceanos, misturando as suas águas.
Os rios não morrem, mas se transformam em verdadeira ressureição.
Nós também, num dia que não sei quando será e é inútil temer, pois vai acontecer, iremos ressuscitar para o Plano Espiritual.
Por isso é inútil pensar naquilo que vai acontecer.
É o chamado sofrimento que pode ser evitado.
Gabriel Novis Neves
07-08-2023
Foz mista (foz, estuário e delta) do rio Amazonas 
Foz predominante no Brasil, com único canal
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