quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

PUXANDO ASSUNTO


Após um mês cheio de notícias boas e algumas más, amanheci estéril para produzir a minha crônica.


Conversando com o meu fisioterapeuta durante a aula de hoje, comentei que gostaria de escrever sobre os fatos políticos que presenciei durante a minha permanência no Rio de Janeiro (1953-1964).


Emendei dizendo que esse assunto é mais para historiadores que cronistas.


Será que existe mesmo essa divisão, ou é invenção minha?


Nesses anos referidos por mim, vivemos momentos delicados da nossa história – o suicídio de Vargas, com um tiro no coração.


A posse do seu vice Café Filho, parlamentar experiente do Rio Grande do Norte e tido como comunista.


Seu infarto do miocárdio durante o mandato presidencial.


Sua traumática substituição pelo deputado federal Carlos Luz, Presidente do Congresso Nacional.


O tiro no pé do jornalista Carlos Lacerda da UDN e a morte do seu guarda costas Major Vaz, da Aeronáutica.


A prisão de Gregório, chefe da guarda pessoal de Getúlio Vargas e seu homem de confiança.


A instalação da “República do Galeão”.


O velório de Vargas no Palácio do Catete e o translado do seu corpo do Aeroporto Santos Dumont até São Borja, sua cidade natal, no Rio Grande do Sul.


Discursos de Tancredo Neves, Leonel Brizola e Jango Goulart.


A eleição de JK, derrotando o Marechal Juarez Távora.


Sua posse contestada com a revolução de Jacareacanga e sequestro de aviões comerciais por militares da FAB.


Jânio Quadros e Jango Goulart substituíram JK.


A renúncia prematura de Jânio Quadros e a difícil posse de Jango que estava no exterior como presidente, já que os militares não queriam temendo que ele implantasse o regime comunista no Brasil.


Depois de muitas negociações políticas, jurídicas e militares, finalmente o Jango voltou ao Brasil e foi eleito como Presidente Parlamentarista.


Foi nomeado seu 1º Ministro o deputado federal Tancredo Neves, que havia sido Ministro da Justiça de Getúlio Vargas.


Jango não aceitou o parlamentarismo e fez o Congresso Nacional aprovar o Plesbicito para saber dos brasileiros se queriam o regime parlamentarista ou presidencialista.


O presidencialista ganhou de goleada, e finalmente Jango tomou posse como Presidente do Brasil.


Veio um período conturbado da política brasileira que terminou com o movimento de 31 de março de 1964.


Nesse período terminei o último ano do 2º grau ou ensino médio, frequentei por um ano o cursinho pré-vestibular, fui aprovado no vestibular de medicina e graduado, após seis anos de estudos servi o Exército Brasileiro no CPOR sendo 2º Tenente da Reserva, fui acadêmico e médico da Prefeitura do Rio de Janeiro, me casei com uma argentina carioca e retornei à minha cidade natal para exercer a minha profissão de médico.


Terminei um texto de 59 linhas e não sei se escrevi mais uma crônica, ou se invadi a área do historiador.


Gabriel Novis Neves

29-11-2022




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