domingo, 4 de dezembro de 2022

OS PITORESCOS 54


Bem antigamente, o mundo teve estadistas, verdadeiros líderes que muito contribuíram para a formação do chamado mundo moderno.


Hoje, todos pertencem a nossa história.


Na Cuiabá antiga, também tivemos líderes e, para lembrar de alguns deles temos que pedir socorro ao Google.


Hoje, é fácil saber quem foram esses líderes consultando os anais dos Tribunais de Justiça.


Bem antigamente, Nelson Mandela, Winston Churchill, Martin Luther King Jr, Mahatma Gandhi, Abraham Lincoln, Napoleão Bonaparte entre outros, foram nossos principais líderes.


Hoje, citaria como personagens recentes da História do Brasil, José Sarney, Fernando Collor de Melo, Itamar Franco, FHC, Lula, Dilma, Michel Temer e Jair Bolsonaro.


Na Cuiabá antiga, os antigos líderes eram os fazendeiros com instrução primária, chamados de coronéis.


Era um tal de coronel pra cá, coronel pra lá.


Hoje, nossos líderes são migrantes que vieram para cá, para plantar soja.


Aproveitaram os inúmeros cursos de agronomia e direito existentes nas escolas particulares do nosso país e adquiriram um diploma de curso superior sem ter prestado o vestibular ou assistido a uma única aula.


Todos são doutores, com direito à prisão em celas especiais!


Bem antigamente, o maranhense com sobrenome francês- José Sarney, se fez líder nacional ao servir os militares no poder de 1964-1982.


Quando os militares resolveram a devolver o governo aos civis, José de Ribamar “brigou “com quem havia servido com dedicação por 18 anos e, como bom líder, passou a integrar o grupo da oposição.


Foi candidato à Vice-Presidente na chapa do líder Tancredo Neves e eleito de forma indireta pelo Congresso Nacional, contra o líder Paulo Maluf, Presidente do Brasil.


Tancredo Neves morreu antes de ser empossado. José Fragelli, senador mato-grossense, que assumiu o cargo com a renúncia do titular Pedro Pedrossian, eleito em eleições diretas para ser governador de Mato Grosso do Sul, era Presidente do Congresso Nacional, e empossou Joé Sarney Presidente do Brasil. 


Na transmissão do cargo no Palácio Alvorada, o Presidente General Figueiredo saiu pela porta dos fundos, se negando a passar a faixa presidencial ao seu sucessor.


Esse vexatório comportamento foi facilmente contornado pelo cerimonial do Gabinete do Presidente, e esse fato, após 40 anos, é lembrado por poucos.


O líder José Sarney, quando deputado federal do Maranhão eleito pela UDN, pertencia a um grupo político chamado de “Banda de Música”.


Como Presidente da República criou o fracassado “Plano Cruzado” e os “famosos fiscais do Sarney”.


Fez um governo muito ruim e protegeu os “marajás “do serviço público.


Acabar com os “marajás” foi a bandeira da campanha que elegeu pelo voto direto “o líder” governador de Alagoas, Fernando Collor de Melo.


Collor assumiu o poder e confiscou a poupança do povo brasileiro.


Fez um governo de muitos escândalos que começavam na “Casa da Dinda”, sua casa particular que adotou como Residência Oficial da Presidência da República.


Brigou com o irmão e braço direito, o Pedro Collor, com o tesoureiro das suas campanhas o P.C. Farias e, para se livrar da cassação, renunciou ao mandato de Presidente.


Itamar Franco, seu vice, assumiu para cumprir o seu mandato.


O líder ficou famoso por ter sido fotografado no camarote presidencial no desfile das Escolas de Samba no carnaval da Marques da Sapucaí, no Rio de Janeiro.


Estava ao lado de uma bela “modelo” sem a calcinha, sentada na mureta do camarote, para a alegria dos fotógrafos que estavam no asfalto, bem embaixo do Presidente. 


Na sequência tivemos o “líder intelectual” FHC, com dois mandatos de quatro anos.


Lula da Silva, o “líder metalúrgico”, por oito anos.


A “líder guerrilheira” Dilma, por oito anos, cassada no segundo mandato.


O vice que assumiu foi o “líder jurista” Michel Temer, e ficou famoso por ter como esposa uma jovem muito bonita e ter nomeado o ministro Xandão para o cargo vitalício no STF.


Seu substituto foi “líder do baixo clero” na Câmara dos Deputados por 30 anos, Jair Bolsonaro.


Ficou famoso por ter sido o único Presidente que perdeu a reeleição.


Na Cuiabá antiga, os líderes que tivemos foram do século XIX.


Hoje, até a culinária internacional, tão apreciada pelos cuiabanos foi mudada.


O delicioso “prato de camarões” deixou de ser admirado após a derrota dos milionários jogadores da seleção brasileira para os de Camarões, pela Copa do Qatar.


Gabriel Novis Neves

02-12-2022




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