segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

O OUTRO LADO DA CRÔNICA


Gosto de escrever tanto quanto de receber comentários sobre os textos que publico no meu blog do Bar do Bugre e mídias sociais.


Isso é muito importante para mim, para a revisora Christina Meirelles e o editor. É quando conhecemos o outro lado da crônica.


Nosso compromisso com o leitor é sempre oferecer um texto sobre o cotidiano, simples, leve, sem compromissos políticos ou ideológicos.


Quando publiquei “Puxando Assunto” recebi vários comentários me incentivando a escrever sobre assuntos históricos que vivenciei e participei, sem a preocupação de invadir espaços dos historiadores.


“Você em alguns momentos presenciou a história, e em outros fez história”, disse Archimedes Pereira Lima Neto.


“Excelente passeio pela História. Sempre é necessário recapturar momentos decisivos da trajetória nacional”, comentou Elizabeth Madureira, professora de História da UFMT, Academia de Letras e Instituto Histórico e Geográfico de MT.


“O escritor é livre para transformar crônicas em história, textos científicos em poemas e o que mais quiser. De qualquer forma seus textos são provas de doce de leite para testar o ponto”, do escritor e poeta José Pedro Rodrigues Gonçalves.


“Acho que é um pouco de crônica e de história, os seus textos”, Márcio Canavarros da Academia de Medicina.


Para o escritor do cotidiano, esses comentários, funcionam como uma carta de alforria que o libera para escrever de tudo.


Em outras crônicas publicadas sinto que crio emoção em quem as lê.


“Quando o carteiro chegou” contagiou Lorenzo de Jesus Miranda Falcão. “Jesus porque nasci pertinho do Natal e foi tipo uma promessa da minha avó materna. ”


É jornalista, escritor, membro da nossa Academia de Letras, e publicou a crônica em seu cobiçado site, por ser leve falando de “missivas” que o fez passear pelo passado.


A escritora e comunicadora Valéria Del Cueto, que mora distante de nós, leu o texto que classificou como “lindo”.


Fez um depoimento:


“Tenho quase todas as cartas que recebi na vida. As que escrevi pra minha avó, ela já me deixou, não tenho coragem de abri-las. Dia 5 faz 10 anos que ela partiu, e junto levou meu coração de neta afilhada. Sorte que, antes, ficou 1 ano sem falar comigo. Depois que o “de mal” acabou perguntei por que tinha feito isso comigo sabendo do meu amor incondicional. Respondeu que era para que eu aprendesse que podia viver sem ela. Minha idiota! Apendi, e estou rindo da sábia e dolorosa lição”.


“Tem uma nova geração que jamais vai entender o que significava receber uma carta...Muito sentimento envolvido”, disse o jornalista Osmar de Carvalho.


O jornalista Eduardo Gomes me enviou a letra inteira da canção interpretada por Isaurinha Garcia e comentou: “É o nosso médico, professor e escritor Gabriel Novis nos brindando com narrativas sobre sua vida”.


Por mais simplório que seja um texto, ele toca o coração de alguém.


A colcha de retalhos de alguns comentários produz excelentes crônicas, como esta que acabei de escrever.


Gabriel Novis Neves

01-12-2022




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