terça-feira, 19 de outubro de 2021

TÉCNICOS


Temos hoje no mercado de trabalho os técnicos de nível médio e os de nível superior, sendo estes chamados de “doutores”. Há um pequeno lugar para os chamados autodidatas.


Entre os de nível superior, e os de segundo grau completo, temos os tecnólogos, que implantei pioneiramente em 1974, na UFMT que são profissionais de curso superior formados na universidade em cursos de curta duração (menos carga horária).


A excelência de um serviço só é possível, quando o técnico de nível superior possui uma bela retaguarda de técnicos sem ensino superior.


Recentemente pude constatar isso em hospital de excelência em São Paulo, onde dez minutos de permanência de um médico no quarto do paciente, eram sustentados pelos técnicos de enfermagem durante 24 horas, supervisionados por um enfermeiro.  São excelentes profissionais que estão aptos a realizarem pequenos procedimentos sofisticados, como colocar um cateter de longa permanência em veia do braço, com auxilio do ultrassom e raios-X de controle.


Também, nos exames complementares mais sofisticados, são comuns os tecnólogos manusearem, por exemplo, o Pet tomógrafo, aparelho que vasculha o nosso corpo, muito utilizado nos diagnósticos precoces de tumores malignos.


As antigas auxiliares de enfermagem da minha chegada em Cuiabá, com as quais trabalhei por muitos anos, desapareceram do mercado de trabalho.


Ontem, acompanhei o trabalho de um técnico autodidata.  Sua missão estava na difícil colocação de um aparelho de ar refrigerado, no vigésimo andar do prédio onde moro.


A inteligência e a boa escola são fundamentais na estruturação de um bom profissional, não se esquecendo da curiosidade e muito esforço para aprender.


No mundo atual, com o avanço da internet e ciências da computação, não sabemos como será a formação de profissionais para o mercado de trabalho robotizado e movido à inteligência artificial daqui a poucos anos.  Esse modelo educacional atual com toda a certeza será substituído por outro que ainda ignoramos, com mais gente trabalhando em casa, e as escolas vazias.  


É o futuro batendo as nossas portas, onde alguns ainda brigam por privilégios de certos “Poderes da República.” 


Gabriel Novis Neves

29-09-2021




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