Este final de semana li nas mídias sociais duas notícias de cientistas de Harvard sobre envelhecer. A primeira é que envelhecer tem cura; e outra revela os segredos desses cientistas para reverter o envelhecimento.
Cedo recebi esta mensagem de uma professora- doutora da UFMT -, que passo a transcrever: “Bom dia! Acordei e fui ler suas crônicas. Os “causos” da Cuiabá antiga, são deliciosos. Suas crônicas são muito leves! Parece que você achou o timing para envelhecer. Que bom, não? Está de parabéns!”
Diante dessas três análises sobre envelhecer, fiquei com a tese da professora que me conhece aqui da UFMT. Ela acertou sobre como envelhecer com dignidade e com muita saúde mental.
Há tempos acordo e vou ao escritório do computador. A disciplina é indispensável para produzir crônicas “terapêuticas” diárias.
Muitas vezes não tenho nada pautado para escrever. Mas, assim mesmo abro o Word e fico com a tela em branco pensando, até que chega uma idéia que desenvolvo no formato de crônicas despretensiosas, especialmente sobre Cuiabá, o meu passado, as histórias que anoto conversando com pessoas que tem contato comigo, como na crônica de hoje.
Quando vejo, está na hora do almoço. Do soninho pós-prandial. Após, de volta ao computador, logo vem o crepúsculo se despedindo de mim. O tempo voa.
Está encerrado o dia solar, onde não tive tempo de pensar nas maldades deste mundo, e me preparo para o sono restaurador, já que durmo cedo. Não tenho estresse, falta do que fazer, muito pelo contrário, estou sem tempo de passar para o papel os estímulos que recebo durante o dia. Administro financeiramente a casa, só percebendo que os dias no envelhecimento parecem mais curtos que aqueles da minha infância.
O envelhecer não contempla a ociosidade patológica, e quanto mais interagir nesse período melhor será sua qualidade de vida. Eu escolhi escrever crônicas reconhecidas pela minha amiga professora, sendo esse o meu jeito de envelhecer com dignidade, vivendo bem esses tempos que me restam.
Gabriel Novis Neves
04-10-2021
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