domingo, 24 de outubro de 2021

COMENTARISTAS ESPORTIVOS


Apesar do meu time do coração estar disputando a segunda divisão de futebol, tentando voltar à primeira, continuo assistindo aos jogos de futebol.  Só não assisto aqueles que iniciam às oito e meia da noite, pois durmo às nove, e deixo para saber o resultado assim que acordo.  Não faço mais nada que o meu organismo não quer. Se tiver sono, durmo.


Todo jogo de futebol transmitido pela televisão tem dois comentaristas,  um fica no estúdio com o narrador da partida e outro em casa. A maioria deles são ex-jogadores de futebol. Durante a partida são chamados inúmeras vezes para fazer comentários.  Em poucos minutos falam tanta coisa (repetida) sobre a tática, que fico encantado com a sabedoria desses que estão sempre com a razão e se auto elogiam e trocam gentilezas entre si.


Mais interessante de tudo é quando um jogador chamado de titular do time deixa a partida para ser substituído.  Aquele reserva que vai entrar “vai mudar” as características do jogo, pois tem um arranque melhor e joga mais centralizado, com mais chances de fazer o gol salvador.


Com a pandemia, as regras do futebol também mudaram, e as substituições permitidas de jogadores por partida passaram de três para cinco, quase metade do time.  Todos os reservas que entram recebem fartos elogios dos comentaristas esportivos!


Ora bolas! Se os reservas são tão bons, porquê não são promovidos a titulares e começam jogando, esperando um colega se machucar, cansar ou apresentar um rendimento muito baixo?


O técnico de futebol passou a ser também estrela, chegando às vezes a ofuscar os craques do time.  Esses treinadores protegidos por uma comissão técnica, médicos, fisiologistas, nutricionistas, diretor de futebol, têm contato 24 horas por dia com seus jogadores e escalam sempre os melhores para ganhar os jogos e não perderem o emprego.


Já os comentaristas de estúdio e de casa sempre “acham” que aqueles reservas quando entram irão mudar a cara e desempenho do time.  Passou da hora da direção de jornalismo orientar seus comentaristas para pararem de falar besteiras, tão comuns em se tratando de futebol.


Gabriel Novis Neves 

10-10-2021






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