sexta-feira, 29 de outubro de 2021

HAJA ESCURIDÃO!


O boleto do mês da energia elétrica consumida por mim, popularmente conhecida por “conta da luz”, acabou de chegar. O seu valor se aproximou dos 1.600 reais!


Para um jovem saudável que não consome medicamentos, esse custo também significa muito; mas é muito mais que o valor mensal que um idoso gasta na farmácia para manter a saúde controlada em face de doenças crônicas leves.


Está beirando o valor do condomínio! Embutido nos gastos da “conta da luz”, estão o uso contínuo de 2 geladeiras, freezer, e o uso esporádico de micro-ondas, máquina de lavar roupas, ferro elétrico, algumas lâmpadas acesas por curto espaço de tempo, 1 aparelho de ar refrigerado no meu quarto, outro no quarto da enfermeira que dorme aqui e um pequeno na copa, onde faço as refeições.


Utilizo o essencial para manter o meu dia produtivo, pois com o calorão que tem feito aqui é impossível viver sem refrigeração, "puxador" dos gastos na conta da luz.


Logo me vem à lembrança dos meus tempos de criança, onde os potes de barro cozido cobertos por prato de louça, com caneca de alumínio e moringas de barro substituíam as geladeiras. Também dos ferros com brasa, feitas de lenha nos fogões, eram os aparelhos domésticos para passar roupas. As mesmas roupas lavadas em bacias de água, coletada de riachos ou rios próximos.


A leve brisa vinda dos verdes quintais e correntezas permanentes de águas que rolavam pelas ruas da minha casa, construída de adobes e cobertas de telhas de barro sem forro, amenizavam o calorão que nunca senti, dormindo sempre com cobertores das Lojas Pernambucanas.


Hoje pagamos um preço alto com o uso desses utensílios domésticos todos movidos à energia elétrica e tão necessários.  Depoimentos de trabalhadores de salário mínimo dizem que com o que recebem, compram comida e pagam a “conta da luz”.


Será que as nossas universidades com seus governantes não nos poderão ajudar estudando como diminuir impostos das “contas da luz” sem prejudicar o desenvolvimento do Estado para vivermos com um mínimo de qualidade?


Difícil encontrar uma família que não reclame do preço da energia por nós consumida.  Quando isso se torna unanimidade, é sinal que algo tem que ser feito e com urgência.  Acordem senhores gestores!


Gabriel Novis Neves 

23-10-2021






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