“Quando
temos de aguentar um monte de desavenças ou quando temos de escutar um monte de
barbaridades, xingamentos, palavrões, e mesmo assim nos mantermos calados, sem
revidar, é o que chamamos de ‘engolir sapos".
Em
algum momento, pelo volume excessivo de "sapos engolidos”, não mais
conseguimos digeri-los e, justo aí, passamos a ter de vomitá-los. Simples
assim.
Todo
mundo já foi hipócrita um dia para engolir sapos e não hipertrofiar um problema
que poderá se transformar em outro maior.
Agora,
colocar no cardápio diário das refeições esse batráquio, já é uma tarefa
própria para os profissionais da política partidária.
O
processo se desencadeia quando, emocionalmente, se acusa sem provas críticos,
sem identificá-los, estes, no pleno exercício de suas funções profissionais, ou
seja, compromisso com a informação.
O
revide da maioria da mídia é imediato com efeito devastador, não restando pedra
sobre pedra do edifício agressor.
Coisas
passadas, muitas já do esquecimento público são reaquecidas. Outras, bem recentes
e pouco divulgadas veem à tona. Como um tsunami, a razão desaparece com o
agressor de situações indefensáveis ao terceirizar seus erros éticos.
Como
o ‘bom cabrito não berra’, personalidades sem a capa protetora da ética,
deveriam ser mais cuidadosas quando decidirem agredir, especialmente, a
imprensa.
Esta
possui como defesa papel, tinta e informações. Feito o estrago da acusação
grave, entram em cena os apaziguadores de plantão para, diplomaticamente,
tentar reverter o quadro causado pelo destemperamento dos agressores.
O
Brasil passa por um momento muito delicado na sua economia, fruto de anos de
desordem administrativa e certeza da impunidade para seus erros contra o erário
nacional.
Mesmo
assim, seus parlamentares, principalmente, não fazem outra coisa a não ser
criar despesas para usufrutos pessoais em valores não aceitáveis para a nossa
pobre realidade social.
As
greves e protestos pipocam por esta nação, reivindicando por melhores condições
de trabalho e salários.
Diante
dessa situação de quase penúria por que passa a população, nossos fazedores de
leis aumentaram recentemente em até mais de cem por cento, o valor das suas
exageradas mordomias.
Este
injustificável gesto de brutalidade humana quando criticado em jornais recebe
como resposta agressões a todos que militam na imprensa, carimbando-os como
mafiosos.
Daí
para uma crise que desconhecemos o seu desfecho é um passo.
Apesar
das imunidades de que gozam os parlamentares, os sapos são tão gigantes, que
não raramente, embora por pouco tempo, encontramos essa gente dilapidadora do
patrimônio público atrás das grades.
Como
seria prudente engolir sapos, senhores responsáveis pelo caos que vivemos, sem
nossos serviços públicos essenciais funcionando num país em que a corrupção
tomou ares de normalidade ética na manutenção do poder a qualquer preço.
Gabriel
Novis Neves
20-06-2015
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