Nossa
visão educacional está fora dos tempos atuais.
Educamos
nossas crianças visando apenas a prepará-las para o usufruto, em curto prazo,
dos lucros nas suas atividades, o que é um equívoco.
Priorizar
os conhecimentos técnicos e colocando em segundo plano os ensinamentos
culturais tão importantes para uma carreira profissional de melhor qualidade e solidez,
parece não ser o modelo adotado pelos educadores do século XXI.
Desejamos
que os nossos filhos concluam o mais rápido possível os seus cursos
profissionalizantes para, no dia seguinte, tentarem qualquer coisa no
competitivo mercado de trabalho.
Em
hipótese alguma admitimos um período de não vontade de trabalhar no sistema
conhecido para que esse jovem possa esgotar as suas curiosidades sobre os
saberes.
Isto
que é um investimento com retornos garantidos, incalculáveis de serem
mensurados e que irá diferenciar profissionalmente a excelência da formação
para o trabalho.
A
escolha precoce de uma profissão, e dentro dessa uma especialização stricto
sensu que proporcione características acadêmicas de melhor aceitação e destaque
social, é um erro.
A proletarização
do ensino superior se faz sentir com essa falsa estratégia de chegar
precocemente ao mercado para ganhos com tetos limitados para quem ingressa sem
o plus cultural do entendimento mais abrangente.
As
distorções hoje são tão gritantes que muitos jovens bem estruturados na
universalidade do conhecimento preferem passar longe do ensino tradicional.
Necessitamos
dar ênfase especial à formação cultural dos nossos estudantes, estimulando-os
precocemente a pensar e a buscar novas habilidades, impedindo-os de ingressarem
no perigoso grupo dos frequentadores dos profissionais com desvios ocupacionais
para baixo.
A
tradicional formação acadêmica nos fornece bons técnicos quando alcança seus
objetivos educacionais, porém, desperdiçamos muitos cérebros necessários à
humanidade.
Gabriel
Novis Neves
17-06-2015
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