Impressionante
constatar o pleno exercício da democracia grega frente a uma das maiores crises
econômicas de sua história.
Basicamente,
democracia é a forma de governo em que o poder e a responsabilidade cívica são
exercidos por todos os cidadãos, diretamente ou através de seus representantes
legitimamente eleitos.
Criada
na Grécia antiga, berço da civilização, esta forma de governo – democracia -
atravessou os séculos e, mesmo aos solavancos, mostrou ser o melhor regime
político na prevenção de sociedades injustas.
Sensacional
o exemplo que o sofrido povo grego vem dando ao mundo!
Em
uma mesma praça, em frente ao parlamento, a população organiza, em dias
alternados, manifestações através do “sim”, ou através do “não”, em resposta a
um plebiscito que determinará a que tipo de sistema econômico o país deverá
estar vinculado.
Já
não se trata das imensas mudanças macroeconômicas do país, mas também do perigo
de contaminação de outros países europeus tais como, Portugal, Espanha e
Itália, que já se encontram em crises sucessivas.
Essa
compreensão global é que, a meu ver, leva o povo grego a esse exercício
constante de democracia.
Estão
cônscios de que seu destino, na perspectiva de saída do euro, envolve toda uma
situação europeia, não apenas econômica, mas, principalmente, geopolítica, que,
após vivenciar duas grandes guerras mundiais no último século, vem mostrando
crescimento de movimentos de intolerância por todas as partes.
Mais
do que nunca os gregos estão mostrando ao mundo que democracia é a
institucionalização da liberdade, ainda que isso custe um alto preço.
Gabriel
Novis Neves
02-07-2015
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