A
saúde de uma pessoa é o resultado do perfeito equilíbrio entre a sua parte
física e a psíquica, componentes que, trabalhando em conjunto, compõem a
estrutura humana.
Quando,
por múltiplos fatores, isso é rompido, temos o aparecimento das doenças - que podem,
de emocionais inicialmente, ser transformadas em sérias patologias orgânicas.
O
estresse excessivo constante do mundo moderno é uma das grandes causas de
inúmeras doenças, cada vez mais presentes em nossas vidas.
Direcionados
por todas as propagandas alimentares e para práticas de exercícios físicos,
aliás, todas visando obter, fundamentalmente, lucros comerciais, cada vez
aumentamos mais os nossos níveis de estresse, seja através do crescimento
absurdo da violência, seja através do aumento da competitividade, em que o ser
humano se torna mais valorizado pelo que ele tem, e não, pelo que ele é como
pessoa.
O
ócio criativo, fundamental para o exercício da criatividade, foi abolido pelas
leis do mercado. O homem máquina deve funcionar até o final de seus dias,
quando então será, definitivamente, descartado, não só pela sociedade, mas
também por seus familiares.
Por
todos esses fatores, o que notamos no mundo é uma explosão assustadora da
ansiedade e da depressão.
Com
a evolução do sofrimento produzido por alterações no nosso psiquismo,
descarregamos esse desconforto em um órgão, chamado de choque.
Os
livros médicos relatam com perfeição, por exemplo, lesões de mucosa gástrica
que até podem perfurar. É a conhecida úlcera
por estresse. Nos casos mais brandos, os consultórios dos gastroenterologistas
estão lotados de pacientes com “gastrite nervosa”.
Esse
desequilíbrio leva os pacientes a se tornarem hipocondríacos, consumindo
excesso de medicamentos, agredindo mais a impactada mucosa gástrica, vítima do
excesso de produção do ácido clorídrico e do suco gástrico.
Muitos
diagnósticos de gastrite medicamentosa têm também essa origem, agravada por
hábitos alimentares errados e a ingestão desmesurada de bebida alcoólica.
Nesse
mecanismo posso incluir certas hipertensões arteriais, diabetes, bronquite
asmática e doenças da pele, entre outras.
São
também rotuladas de doenças decorrentes desse estresse prolongado para o qual o
nosso organismo não foi programado.
Existe
entre os populares um clichê dizendo: “para fugir da loucura o melhor é
escolher uma doença orgânica”.
O
mesmo se aplica em sentido contrário. Claro que essa afirmação não tem
credibilidade científica e lembra uma velha teoria do Freud sobre a evolução da
personalidade, hoje totalmente abandonada e criticada.
Era
a teoria do Épsilon, que na adolescência aparecia em personalidades mal
estruturadas.
Na
época do pai da psicanálise, o homossexualismo era considerado uma doença e
quem fazia essa opção era sadio organicamente, mas com problemas psíquicos.
A
verdade é que ainda não conhecemos os segredos do cérebro humano.
Até
recentemente se acreditava que o cérebro era o único órgão importante do nosso
corpo, sem vasos linfáticos e por isso, separado do sistema imunológico.
As
imagens dos livros de anatomia geralmente mostram a formação de nódulos e vasos
linfáticos como uma complexa tela em todo o corpo com relação ao cérebro.
Pesquisadores
da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, descobriram um sistema de
vasos que liga o sistema nervoso central aos nódulos linfáticos.
Atualmente
sabemos que o cérebro está diretamente ligado ao sistema imunológico.
Isso
vem provar que as agressões ao nosso emocional fragilizam todas as nossas
defesas imunológicas.
Alguns
chegam até a afirmar, baseados em estatísticas, que o câncer é mais frequente
em pessoas que sofreram forte impacto emocional, e por períodos prolongados.
Fica
claro que quem comanda nossa saúde física e mental é o ainda desconhecido
cérebro.
Cuidemos,
pois, das nossas emoções, para evitarmos as doenças orgânicas e a loucura.
Gabriel
Novis Neves
14-07-2015
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