O
mês de agosto é temido por todos os supersticiosos, especialmente os políticos.
Foi
em um já distante agosto de 1954 que o presidente Getúlio Vargas, não
suportando a traição do seu pessoal de copa e mesa, na solidão dos seus
aposentos do Palácio do Catete, com um certeiro tiro no coração, entrava para a
história.
Faltando
alguns dias para o mês fatídico, é grande a crise entre o Congresso Nacional e
o Executivo.
Tudo
se agravou quando policiais federais, com mandados de busca e apreensão
assinados por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), invadiram
residências e escritórios de, entre outros políticos, três senadores e um
deputado federal.
Afinal,
ameaçar castas é inédito, e muito menos aceitável pelos que se consideram acima
do bem e do mal.
Essa
ação foi decorrente de informações colhidas a partir da Operação Lava Jato.
Conceituados
e independentes analistas políticos diagnosticam que a investigação no Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é muito mais grave que a
da Lava Jato.
Ficaremos
sabendo sobre o destino de bilhões de dólares que o Brasil talvez tenha
desviado da merenda escolar, creches, medicamentos básicos, escolas para o
ensino fundamental, postos de saúde, pronto atendimentos, obras de
infraestrutura e inovações tecnológicas, para doar aos seus amigos bolivarianos
e representantes de países de ditaduras africanas.
Claro
que os generosos doadores aos povos oprimidos receberam polpudas propinas de
consultorias e conferências por este assalto aos nossos cofres públicos!
Do
chefe, ao capitão do grupo do poder de então, todos estão envolvidos neste megaescândalo,
tanto tempo postergado para que não se tornasse de domínio público.
Com
a briga do Presidente da Câmara dos Deputados, que se julga perseguido com as
investigações que lhe são imputadas, este resolveu, em represália, implantar a
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e, de contrapartida, outra para
investigar supostas irregularidades nos Fundos de Pensão.
É
ou não para se temer o mês de agosto?
O
chumbo é grosso e o telhado das nossas instituições de vidro.
Manifestações
de rua estão programadas para dar o tom da nossa indignação.
É
o agosto...
Gabriel
Novis Neves
18-07-2015
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