Após
mais de um ano, “descobriram oficialmente” que o governo da “Copa das Copas”
não pagava as medições das obras aprovadas por quem de direito às empresas
vencedoras de licitações por serviços executados ao maior evento esportivo do
planeta Terra.
Isso
aconteceu em todo o Brasil dos inesquecíveis 7x1 e, em nosso Estado, atingiu a
conclusão de obras prioritárias como o VLT (Veículos Leves sobre Trilhos), a
ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Várzea-Grande, os
Centros de Treinamentos da UFMT e do Pari, o saneamento e urbanização do
córrego 8 de Abril e até a Arena Pantanal, até hoje não concluída e com futuro
de elefante branco.
Todas
essas construções foram paralisadas por falta de pagamento do contratante.
Não
houve um responsável por esse disparate administrativo. Foram vários os atores
desse verdadeiro carnaval de desperdício de dinheiro público.
Alguns
envolvidos nesse festival de má gestão se fazem de mortos, protegidos em
provisórias imunidades parlamentares.
A
bateria de desacertos ficou centrada apenas no governador sem mandato, o que é
uma injustiça.
O
atual ocupante do Palácio Paiaguás em entrevista a jornalistas, em matéria
publicada no Jornal A Gazeta de 16/02/2015, indagou:
“Vocês
conhecem alguma obra no Brasil em que não tenha sido desviado um real? O VLT é
uma obra de R$1.4 bilhão, vocês acham que nenhum real foi desviado”? “Eu, se
fosse Procurador da República, estaria investigando isso, como governador não
tenho o dever constitucional de mostrar o batom na cueca”.
“Se
tiver um jabuti no pau, ou é enchente ou é mão de gente”, concluiu.
O
nosso correto governador fez uma grave denúncia à nação e aos órgãos públicos
responsáveis pelo emprego republicano dos nossos impostos.
Como
poucos ele conhece a situação das obras paralisadas e das concluídas em nossa
cidade, e sabe muito bem como fazer para cumprir a Constituição Brasileira.
Punir
os responsáveis e explicar aos mato-grossenses o que aconteceu desde a escolha
de Cuiabá como subsede da Copa até a calamitosa situação atual é o que
esperamos do nosso maior mandatário.
Ele
possui ferramentas tecnológicas adequadas.
Vontade política ficou demonstrada na entrevista para as providências
constitucionais.
Agora,
é esperar que os remédios surtam os efeitos desejáveis, pois o diagnóstico já
foi feito.
Gabriel Novis Neves
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