Após
a divulgação dos nomes que integram a primeira lista dos políticos envolvidos
no megaescândalo de corrupção na nossa Petrobras, foi anunciado que uma segunda
está em gestação.
Essa
primeira atingiu “apenas” 10% dos senadores e
uma sacola de deputados federais, todos da base de sustentação política
do governo - só do PP são 21.
Cinco
dos nossos maiores partidos políticos contribuíram para essa coleta de
abnegados representantes do povo.
Até
o PSDB contribuiu com um senador...
Para
os próximos dias teremos a relação da lista de governadores envolvidos. Os
nomes de dois deles vazaram para a imprensa. Como sempre, um é do PT e outro do
PMDB.
Uma
ex-governadora teve o privilégio de ser contemplada já na primeira lista, assim
como ex-ministros de Estado, dando-nos uma dimensão do trabalho de limpeza da
Operação Lava-Jato.
Depois
que o líder das “Caras Pintadas” do Collor, agora senador, foi apanhado pela
justiça como integrante da quadrilha que saqueou a então nossa maior empresa, o
que esperar com relação ao nosso futuro?
A
corrupção existe desde tempos remotos. Aqui no Brasil foi iniciada por Pero Vaz
de Caminha.
Durante
séculos ficou em estado latente, até conseguir, recentemente, a sua
institucionalização.
A
diferença entre roubar em outros países e roubar no Brasil é simplesmente uma
questão de punição.
Enquanto
certas nações prendem suas mais altas autoridades sem nenhuma regalia, temos,
para os de “colarinho branco”, o tal “foro privilegiado”.
Em
alguns casos no exterior o castigo é a prisão perpétua, e até a pena de morte.
Mas,
em terras tupiniquins, nossos criminosos são tratados como heróis nacionais.
Por alguns dias são recolhidos em presídios em celas especiais, depois acontece
uma progressão rápida da pena para a prisão domiciliar e, finalmente, ganham a
liberdade plena, comemorada com uma polpuda aposentadoria e, às vezes, até com
indenizações generosas.
Somos
mesmo um país diferente: do carnaval, do futebol e do roubo do patrimônio
público.
Como
ser otimista em relação ao nosso futuro se as classes dominantes não têm o
mínimo interesse em mudar esse “status quo”?
O
desencanto e a certeza de dias piores tomou conta da nação. Teremos meses de
blá-blá-blá, e tudo acabará como sempre em uma enorme pizza do Planalto.
Aproveitando
a fraqueza da nossa economia e a incrível desvalorização da nossa moeda,
investidores estrangeiros para cá virão comprar o que sobrou do governo
populista bolivariano.
Gabriel
Novis Neves
19-03-2015
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