Não
dá mesmo para entender o funcionamento da nossa política!
Em
países democráticos existem partidos que representam ideologias as mais
diversas e seus seguidores se respeitam e são tratados como adversários
políticos, e não, inimigos.
Por
estas bandas temos mais de vinte partidos políticos que, de diferentes, têm
apenas as siglas. Não apresentam nenhuma diferença ideológica e todos só
pretendem a conquista do poder, para saciar interesses do seu grupo e vaidades
pessoais.
Chega
a ser cômica a situação de alguns agrupamentos nos nichos do poder, onde há
mais divergências que convergências.
A
situação da nossa Assembleia Legislativa chega a ser surreal!
Integrantes
do mesmo partido ali representado são mais inimigos pessoais que adversários
históricos - e irreconciliáveis por cicatrizes antigas ainda não curadas.
Veja
a situação do seu Presidente, que foi Secretário de Saúde do atual companheiro
de partido, hoje líder do governo.
A
saída do médico do comando da saúde do município, quando o seu colega de
partido exercia o mandato de Prefeito de Cuiabá, não foi das mais tranquilas.
Aconteceram graves acusações entre as partes.
Vaso
quebrado não se cola e tem de ser substituído por um em perfeitas condições,
especialmente quando as ofensas foram morais e públicas.
Atualmente,
embora debaixo da mesma sigla partidária, um é Presidente da Casa e outro é líder
do governo.
Como
por aqui adversários existem, mesmo sendo da mesma agremiação partidária, fica
fácil imaginar as dificuldades que terão para tratar de assuntos de interesse
público.
O
líder quer investigar os escândalos de corrupção que assolam a Casa de Leis, e
vai atingir em cheio antigos colegas.
Estes,
por sua vez, conhecem todos os meandros do líder quando foi prefeito e que foi
humilhantemente rejeitado pelos eleitores na tentativa de atingir o Paiaguás.
Uma
coisa é certa, não haverá o mínimo de vontade para um trabalho conjunto visando
o bem estar da coletividade, embora as aparências enganem.
A
fofoca sempre foi o combustível na vida pública e o não fofoqueiro se
inviabiliza para essa função tão importante.
No
momento são fabricadas inúmeras delas por minuto e, como diz o velho ditado
popular – onde há fumaça, há fogo.
Vamos
esperar a poeira baixar para ver o final de mais uma novela de horror.
O
pobre marquês opinou sobre o assunto nebuloso dizendo: “- uai, esse trem ‘naum’
vai dar certo!”.
Gabriel
Novis Neves
28-02-2015
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