A
Procuradoria Geral da República (PGR) decidiu investigar também governadores
que receberam vultosas “doações” em dinheiro de empreiteiros, prestadores de
serviços e empresários para suas campanhas eleitorais.
Os
acusados se defendem dizendo que suas contas foram aprovadas, sem reparos,
pelos Tribunais Regionais Eleitorais e considerados legais os milhões de reais
recebidos espontaneamente.
O
mais ingênuo dos brasileiros sabe que essas quantias de recursos “doados” para
eleger, de vereador à Presidente da República, são "adiantamentos"
que serão ressarcidos no superfaturamento das obras e outros benefícios.
Sendo
assim, estão sobsuspeita de receberem propinas todos os políticos brasileiros.
Fácil
comprovar pelas contas apresentadas pelos candidatos aos Tribunais Regionais
Eleitorais, que o grosso desse dinheiro vem de empreiteiras, empresários e
homens de negócios.
Essa
gente não faz filantropia dilapidando seu patrimônio, apenas firma compromisso
de troca de favores.
O
ressarcimento dos recursos será feito no superfaturamento das obras e pago com
juros e correção monetária.
Está
é a regra do jogo eleitoral em vigor, implantado há anos neste país e sempre
aperfeiçoado.
É
estarrecedor assistir pela televisão declarações que bilhões de reais foram
jogados no esgoto da corrupção nos últimos anos sem nenhuma ação corretiva do
poder público.
Precisa-se
de muita resistência psicológica para assistir ao grande teatro montado na
Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados para ouvir a história
inacreditável e inaceitável do assalto à nossa empresa de petróleo.
Tudo
terminará tendo um único culpado - o pagador de impostos - que abasteceu os
cofres do Tesouro Nacional despertando a cobiça para o delito.
Desvalorização
da Petrobras, milhões de desempregados, sucateamento dos serviços essenciais
atrelados a uma inflação incontrolável, desestímulo à honestidade, são os
frutos colhidos.
O
ato da PGR pegou toda a nação de calças nas mãos e, como consequência imediata,
a desmoralização do poder público e o enfraquecimento da democracia.
O
velho ditado popular “que todos os políticos são farinha do mesmo saco, se
fortaleceu”.
A
medida jurídica pegou a todos.
Gabriel
Novis Neves
12-03-2015
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