A
partir do desencadeamento da Operação Ararath em nosso estado, às seis horas de
uma manhã normal, houve uma correria de solidariedade a certos envolvidos na
denúncia - até de altas autoridades.
A
intenção de ajuda mútua nunca existiu, e sim, o de se comprometer o mínimo
possível caso haja futuras investigações, invalidando o nobre sentimento
demonstrado.
A
história é do conhecimento de todos. Prisões em massa, sendo a mais espetacular
a do governador da época.
Todos
foram conduzidos à sede da Polícia Federal e liberados após prestarem
depoimentos para instauração do processo competente.
Houve
concessão de delação premiada, e alguns entraram com esse pedido. De um deles
sei que foi totalmente atendido, e o acusado excluído do processo. Outros
esperam uma condenação mais amena.
O
que intriga a opinião pública é que um dos acusados, considerado como
“principal articulador do suposto esquema de crimes contra o sistema financeiro
e lavagem de dinheiro pela Operação Ararath, insiste em solicitar uma séria
investigação no famoso pagamento de precatórios
de quarenta e sete promotores e procuradores, em documentos integrados a
5ª fase da Operação Ararath”.
Até
agora não sabemos se essa acusação foi considerada pela justiça federal.
Mas,
ficou registrado. Afinal, trata-se de uma denúncia gravíssima contra um dos
poderes mais respeitados do Estado feita por um ex-secretário de Fazenda, Casa
Civil e nosso representante nos negócios do Estado em Brasília.
Como
a justiça é lenta, vamos acompanhar ansiosos o desenrolar dos fatos e a sua
conclusão.
O
que não podemos é assistirmos pela imprensa, extraprocesso, bravatas das
partes.
Mato
Grosso entrou definitivamente no grupo dos Estados mais corruptos desta nação.
Infelizmente todos têm conhecimento deste fato.
Somos
primorosos nos desleixos com o patrimônio público, estando presentes em todos
os grandes escândalos nacionais, como o “Mensalão” e o “Lava-Jato”.
Por
aqui a corrupção é endêmica, reconhecida pelo próprio governo das mudanças.
Torçamos
para que tudo não termine em uma enorme “pizza cuiabana” nas asas da
impunidade.
Gabriel
Novis Neves
07-03-2015
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