Graças
a este dispositivo constitucional foi possível em 1971 implantar a Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT) com sede em Cuiabá.
Em
apenas dez anos de existência o que era sonho tornou-se realidade.
O
desmonte do ensino superior no Brasil teve o seu início quando do sequestro da
autonomia das universidades públicas federais.
Tudo
começou nos anos noventa. A criatividade universitária foi substituída pela
perversa burocracia e a judicialização.
As
ruínas foram patroladas nos últimos doze anos e hoje colhemos os frutos desse
tremendo equívoco educacional.
A
qualidade foi substituída pela quantidade. Foram implantadas nas universidades
condições hostis ao desenvolvimento da pesquisa, implantação de novas
tecnologias e desenvolvimento social.
Os
professores aposentados, responsáveis por essas conquistas abandonadas, são
vistos como produtos descartáveis e os em exercício das suas funções como
"vagabundos".
É
muito triste verificar o estado emocional dos idosos mestres que dedicaram a
sua juventude à nobre causa da educação.
O
descanso merecido da aposentadoria foi transformado em sobressaltos frequentes
no único bem que possuem - o valor do seu holerite sendo permanentemente
investigado juridicamente.
O
objetivo é reduzi-lo, como se isso fosse possível comparado a outras categorias
de servidores.
Até
parece que o grande problema moral e ético desta nação esteja nas
universidades.
É
com desencanto que escrevo - em meu nome e no de inúmeros colegas aposentados –
acerca do sofrimento a eles impingido devido a essa incompreensão desrespeitosa
e cruel. Um protesto contra esse inaceitável estado de coisas.
Lamentável
chegar fragilizado pelo passar dos anos perseguido pela instituição que a tudo
servimos.
É
a dominação da lei dos mais fortes. Pobre autonomia universitária, ceifada
traiçoeiramente por um dos seus filhos mais ilustres!
Infelizes
daqueles que acreditaram em seus dirigentes maiores!
Gabriel
Novis Neves
27-02-2015
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