sábado, 12 de fevereiro de 2022

PITORESCOS XII


Dia de sol em Cuiabá, significa dia ideal para se ficar no sol. Também de tomar muito líquido (!) para não se desidratar.


Cuiabá é a cidade mais quente do Brasil, e das mais quentes do mundo. Tomar banho de sol é provocar queimaduras pelo corpo.


Muitos cuiabanos preferem tomar banho com água quente. Quem gosta disso é a empresa que vende energia.


Sombrinhas são usadas nos dias de sol. Quando utilizadas nos dias de chuvas tem o nome de guarda-chuvas.


Na Cuiabá antiga, seus moradores sempre que saiam à rua levavam debaixo dos braços a sua sombrinha. Os mais precavidos também a capa, que servia para se proteger das chuvas e do frio ou ventanias.


Bem antigamente, os cuiabanos acreditavam que “golpe de ar” causava pneumonia. Andavam sempre bem agasalhados, mesmo nesse calorão.


Na Cuiabá antiga, “velhos” morriam de pneumonia por não existir antibióticos. Hoje, continuam morrendo com antibióticos.


Bem antigamente, “vento encanado” fazia mal à saúde causando gripes e pneumonias.


Na Cuiabá antiga, era “perigoso” andar na chuva. Podia causar doenças no pulmão.


Bem antigamente, chupar manga e tomar um copo de leite fazia mal. Familiares dessas pessoas chamavam médicos para atendê-la.


Na Cuiabá antiga, chupar melancia e beber pinga poderia matar. Há gente que “jura de pés juntos” que seu padrinho morreu disso.


Bem antigamente, mulheres não podiam chupar limão no período menstrual. O sangue subia para a cabeça e ficam loucas.


Na Cuiabá antiga, mulheres que ficavam descalças no período menstrual sentiam cólicas.


Bem antigamente, após uma bebedeira, para curar ressacas tomava-se um prato de escaldado. Hoje, também.


Na Cuiabá antiga, existia um ditado que dizia que “a banana prata de dia é ouro, de noite mata”. Hoje, à noite os idosos antes de dormir tomam vitamina de leite com banana.


Bem antigamente, “Mãe do corpo” era sentir o bebê mexendo na barriga, após o parto. Hoje, após o parto a mãe geralmente está anestesiada não sentindo nada.


Na Cuiabá antiga, diziam que após o parto o útero ”tremia”. Hoje, ele se “contrai”.


Bem antigamente, antes da existência do ar refrigerado as crianças cuiabanas nasciam em casa e eram vestidas com roupas de lã, inclusive sapatinhos, luvas e gorros. Hoje, nascem em salas de partos com ar refrigerado e vão para o quarto com o ar refrigerado. Continuam a usar sapatinhos, luvas e gorros de lã.


Na Cuiabá antiga, a placenta era chamada de “companheira do bebê”. Era “enterrada no quintal”. Hoje, geralmente são “incineradas nos hospitais”.


Bem antigamente, quando os pés inchavam fazia-se “escalda pés” com sal grosso. Hoje, toma-se diurético.


Na Cuiabá antiga, tratava-se a dor de cabeça com compressa de água gelada, ou água morna. Hoje, tomam-se analgésicos.


Bem antigamente, muita gente sofria de “espinhela caída”. Hoje, é nome dado a um deslocamento do osso do meio do tórax.


Na Cuiabá antiga, eram frequentes as “caganeiras” tratadas com água de coco. Hoje, as pessoas sofrem de “disenterias” e são orientadas por médicos.


Bem antigamente, os homens sofriam de “impotência sexual” e não havia tratamento. Hoje, de “disfunção erétil”, e o tratamento é o comprido “azulzinho”.


Na Cuiabá antiga, as pessoas se casavam e iam morar nas suas casas ou passar uns dias no Hotel das Águas Quentes. Alguns casais aproveitavam o tempo vago (!), para plantar palmeiras (e como plantavam). Hoje, vão para Pousadas no Pantanal ou praias do nordeste, quando não para o exterior.


Bem antigamente, as pessoas faziam exercícios físicos. Hoje, frequentam Academias de Ginásticas.


Na Cuiabá antiga, as mulheres possuíam uma beleza diferenciada. Hoje, alguns cirurgiões plásticos e esteticistas, transformaram todas as mulheres em iguais, e feias.


Bem antigamente, as mulheres possuíam mamas volumosas ou pequenas. Hoje, todas tem silicone.


Na Cuiabá antiga, fazer as sobrancelhas era passar um lápis escuro em cima delas. Hoje, a cirurgia “a joga” em direção a testa.


Bem antigamente, existiam pessoas com “orelha de abano”. Hoje, tem correção.


Na Cuiabá antiga, existiam pessoas “orelhudas”. Hoje, existem pessoas “burras”.


Gabriel Novis Neves

15-01-2022




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