sábado, 5 de fevereiro de 2022

PITORESCOS XI


Na Cuiabá antiga os homens usavam sapatos de couro. Hoje calçam tênis.


Para tomar banho de rio usavam tamancos de madeira. Agora, bambolês.


Bem antigamente, homens e mulheres fumavam cigarros. Após, bem feita campanha mundial contra o cigarro que propicia câncer de pulmões, poucos fumam.


Agora os mais abonados fumam o cigarro sintético. Estes produzem os mesmos malefícios que os outros.


Antigamente, quem era vacinado ficava imune àquela doença. Agora, não.


Bem antigamente, o mundo científico pesquisava varias doenças que desconheciam e chegavam à sua cura. Hoje o mundo todo só estuda uma doença.


Antigamente, não se falava em doenças autoimunes. Hoje, proliferaram essas doenças.


Bem antigamente, a ciência médica era mais romântica e seus procedimentos exercidos por médicos. Hoje, são executados por robôs.


Estar em consulta médica antigamente era estar diante de um médico no seu consultório. Hoje, seu médico poderá estar te consultando da Arábia Saudita.


Antigamente os médicos recebiam honorários médicos pelos seus serviços profissionais. Hoje, recebem pelo PIX antes das consultas.


Na Cuiabá antiga, médico “cheio de clientes” significava médico com muitos clientes. Hoje, são médicos que “não suportam” certos clientes.


Antigamente os médicos, como o meu avô, visitavam os seus clientes em casa sendo transportados por cavalos.


Seu filho médico visitava seus clientes de motocicleta.


Eu visitava meus clientes num “fusquinha”. Meu filho só atende clientes no consultório (é médico ultrassonografista).


Na Cuiabá antiga as “domesticas” quando gestantes faziam seu “Pré Natal” após o almoço dos domingos, quando tinham folga.


Eram atendidas na “portaria” da Santa Casa. Hoje, não tem mais contatos com médicos quando gestantes, pois a maioria delas não tem Plano de Saúde.


Bem antigamente nos carnavais muitos usavam “a máscara” como fantasia. Hoje, máscaras são usadas para nos proteger contra a pandemia.


Na Cuiabá antiga, filho feio não tinha pai. Hoje, tem o exame do DNA.


Bem antigamente, era “engraçado” viver. Hoje, tudo é proibido e a vida ficou “sem-graça”.


Na Cuiabá antiga, “todo mundo era feliz”. Hoje, nem psiquiatras aceitam isso.


Bem antigamente, as pessoas não procuravam os psiquiatras para se tratarem, com medo de serem chamados de “loucos”. Hoje, vão ao psiquiatra e escrevem crônicas sobre o diagnóstico da sua doença.


Na Cuiabá antiga, a loucura era uma doença incurável. Hoje, sinal de status social quando atendidas por analistas.


Bem antigamente, tomar “remédio controlado” era tomar um remédio na hora certa. Hoje, existem dois tipos de “remédios controlados”: os de “tarja preta” que são vendidos com receita azul, e os de receita “branco-carbonada”.


Na Cuiabá antiga, ninguém tomava remédio quando estava na rua. Hoje, é comum nas festas pingar 2 gotinhas do “remédio” na boca para melhorar o astral.


Gabriel Novis Neves

09-01-2022




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