Os
jornalistas políticos confessam que nunca foram tão bem nutridos de notícias
como nesta fase de escândalos, incompetência e corrupção.
O
ridículo, que antigamente era motivo de zombaria, tornou-se a moeda do momento
em nosso país.
A
estupidez atingiu os patamares mais altos da sua cotação, e o pior é que há
seguidores dessa estranha seita política.
No
epicentro de tudo a tão esfarrapada desculpa de sempre: o culpado é sempre o
outro diante da descoberta de um deslize de ética e das dificuldades
administrativas.
Tudo
que sofremos neste momento de humilhação perante o mundo tem um culpado - o
pobre Adão e sua companheira Eva.
Foram
eles os primeiros responsáveis pelas obras públicas inacabadas e
superfaturadas, cobrança de impostos absurdos, salários aviltantes, desemprego
em níveis preocupantes, sucateamento da educação, saúde, transporte e serviços
essenciais, com a institucionalização da propina.
Se
não houver com urgência reformas no nosso sistema político, essa lengalenga
virará doutrina de início de governo - dificuldades encontradas são
responsabilidades do antecessor.
Concluído
o mandato constitucional tudo continuará como dantes. Pena eu tenho de Thomé de
Souza, primeiro Governador Geral do Brasil e que, portanto, não teve antecessor
para criticar.
Nossos
governantes são pessoas inteligentes, com estudos formais ou não, experientes
em seus negócios privados, conhecedores do mundo moderno, mas, ao assumirem o
governo jogam a culpa das dificuldades sempre no seu antecessor.
Experiência
para eles é igual farol de automóvel virado para trás – só ilumina o passado,
no dizer do escritor e médico Pedro Nava.
Vamos
construir do caos uma nova sociedade e deixar como legado a nossa sofrida e
enganada população.
Existem
bons exemplos a serem seguidos, e isso não é demérito para ninguém, muito pelo
contrário.
Nossa
gente não suporta mais autópsias ao passado!
Queremos
um futuro, e menos notícias negativas!
Gabriel
Novis Neves
29-03-2015
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