As
ruas falam de forma diferente das rosas de Cartola - que exalavam perfume. Tal
como o nosso corpo humano, que também fala através de sinais e sintomas, e é
muito importante saber interpretá-lo.
Quando
milhões de brasileiros, em pleno domingo, deixam suas casas e, ordeiramente,
sem a presença de políticos, sindicatos, ONGs financiadas pelo governo e
partidos políticos, saem às ruas para demonstrar todo o seu descontentamento
com a nossa situação atual, temos de considerar tal fenômeno.
Algo
precisa ser feito com a máxima urgência, pois o povo não tolera mais medidas
paliativas contra a corrupção, impunidade e ausência de políticas públicas
visando o nosso desenvolvimento e bem-estar.
Vivemos
em plena democracia onde os problemas são mais fáceis de ser resolvidos.
Joguemos
as vaidades, interesses pessoais e corporativismo no lixo da história, e que na
mesa de negociações encontremos soluções para os pedidos das ruas, enquanto
houver tempo.
Não
podemos mais viver no absurdo de dois países - um de maioria pobre, miserável e
remediados e outro de minoria rica.
Temos
de rever esse estado de coisas, e o exemplo tem de vir de cima para baixo.
Não
suportamos mais manter agora, trinta e oito ministérios e uma interminável
linha de aproveitadores de incontáveis benefícios roubados dos que trabalham.
Esses
exemplos são tão malignos para nossa cidadania, que nossos jovens não acreditam
que é a educação o caminho da ascensão social.
O
mérito é uma palavra perdida no nosso mundo moderno, onde a esperteza é vista e
perseguida para alcançar a riqueza imediata, clandestina e inexplicável.
As
ruas estão roucas de tanto denunciar os desmandos dos nossos agentes públicos,
políticos e empresários.
Nossas
autoridades parecem surdas aos reclamos de seus eleitores.
A
humildade deve substituir a prepotência dos nossos governantes e, nunca,
menosprezar a sabedoria das ruas.
Gabriel
Novis Neves
10-04-2015
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