Bela
frase de marketing! Mas, na verdade o que temos é uma “pátria deseducadora”,
com exemplos dos nossos maiores dirigentes sem ética nenhuma no trato com
coisas públicas.
Como
acreditar em “pátria educadora” em um país em que a maior parte dos nossos
municípios não possui o mínimo de condições para oferecer aos seus alunos um
razoável ensino básico?
Nessas
condições, aqueles que ultrapassam o nó do ensino médio e chegam às nossas
universidades, muitas vezes não apresentam condições para participar de certos
cursos, como por exemplo, engenharia civil, se não tiverem aulas de recuperação
em matemática.
A
expansão irresponsável do nosso ensino superior, sem cuidados com a qualidade
do ensino básico, nos fez chegar ao FIES, que é um programa social revestido
com o nome de Fundo de Financiamento Estudantil para custear o estudo de jovens
sem recursos para frequentar as universidades privadas, maioria neste país.
Feito
às pressas, aquele programa está condenado ao fracasso, deixando em situação
difícil milhares de jovens universitários e suas respectivas instituições.
O
governo tem de assumir o comando da educação por ser fator decisivo para o
nosso desenvolvimento social e econômico.
Para
isso é necessário que a “Pátria educadora” absorva o ensino básico nos
municípios pobres, como bem lembra o educador e Senador Cristovam Buarque.
Criar
slogans e deixar a banda passar não resolverá em nada as nossas necessidades de
produzirmos doutores para o mundo competitivo do conhecimento.
“Nossas
escolas são do século XIX, com professores do século XX e alunos do século
XXI”.
Não
sendo atrativa, a evasão escolar no ensino médio continua a ser o nosso maior
desafio.
Educação
é prioridade nacional, dizem todos, porém, nunca multidões saíram às ruas
reivindicando esta melhoria.
Quando
o Senador Cristovam Buarque foi candidato à Presidência da República, o seu
programa de governo se resumia em apenas uma prioridade: Educação.
Foi
até debochado no Programa da Rede Globo, que disse ser ele o candidato de uma
proposta só, e que isso interessaria a todos os brasileiros.
Apurada
as eleições, o educador obteve 2% dos votos dos brasileiros.
O
governo tem de demonstrar com atos concretos que, realmente, a educação é a
nossa necessidade primeira.
Às
ruas povo brasileiro, por uma educação de qualidade! - poderia ser a próxima
marcha.
Gabriel
Novis Neves
21-04-2015
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