Quero
crer que a bela atriz Elizabeth Taylor estava certa ao dizer que preferia a
companhia dos animais a da grande maioria dos seres humanos.
Colocar
em um mesmo saco os pobres pequenos roedores - alguns até animais de estimação
- com os terríveis roedores da pátria amada é uma metáfora infeliz, para os
primeiros.
Concordo
com o genial fotógrafo social Sebastião Salgado que, após trabalhos pelos cinco
continentes, definiu o ser humano como o mais feroz dos animais.
Por
essa razão está se tornando, através dos tempos, absolutamente inviável.
Matamos, destruímos e vilipendiamos tudo que a natureza nos dá de belo.
Numa
dessas últimas reuniões de CPI da Petrobras, cinco desses pequeninos roedores,
conhecidos como hamsters, foram jogados no salão e causou grande balbúrdia.
Um
deles saiu bastante ferido e foi logo adotado por uma das presentes, certamente
mãe de filhos pequenos.
O
grande contraste é que ali estávamos diante de alguns dos grandes roedores e
usurpadores do fruto do trabalho de todos, através de vultosas quantias de
dinheiro cada vez mais vorazmente surrupiadas.
Por
ventura, nada lhes causa a visão dos rostos famintos de milhares de crianças,
precocemente destruídas pela falta de educação, de comida e de saneamento
básico?
Será
que esses roedores crônicos da pátria sequer param em algum momento para pensar
que os seus possantes aviões, carros, viagens luxuosas, mansões surreais,
contas estratosféricas nos paraísos fiscais mundiais, a rigor, funcionam apenas
pelo deslumbramento do “ter” em detrimento do “ser”?
Ah,
pobres roedores inofensivos! Como vocês foram ofendidos!
Gabriel
Novis Neves
23-04-2015
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