Angústias
existenciais são as grandes responsáveis pela diminuição do desejo sexual.
O
Brasil passa por momentos de profundo desencantamento em função de suas
políticas equivocadas em todas as áreas.
Impressionante
nos consultórios psiquiátricos, e também nos ginecológicos, o aumento do número
de mulheres com queixas quanto à diminuição da libido de seus companheiros.
Sabemos
que casamentos longos, na maioria das vezes, se tornam arrastados, caso as
partes não se tornem criativas e, sobretudo, com muita cumplicidade.
As
pequenas mágoas do dia a dia, associadas à própria rotina da instituição, têm
um grande peso nesse processo.
O
fato é que, até o início da revolução sexual dos anos sessenta, com o
aparecimento das pílulas anticoncepcionais, as uniões matrimoniais ocorriam num
clima em que as pessoas eram condicionadas a se unirem para constituir uma
família, e não, para darem vazão aos seus instintos voluptuosos.
Os
homens, figuras provedoras, podiam ter as aventuras extraconjugais que
quisessem, e isso, além de aceito, era sinal de pujança.
A
mulher moderna, inserida com um novo papel no mercado de trabalho, passou a
exigir novos direitos e deveres, inclusive o de uma vida sexual plena e
intensa.
Fato
novo para os homens que passaram a se sentir acuados, inseguros e deprimidos
diante desse novo modelo de fêmea.
Isso
sem falar nas intensas propagandas que mostram homens sarados, atléticos,
verdadeiros Apolos do mundo moderno em performances acrobáticas, impossíveis de
serem conseguidas na vida real, ainda que mascaradas por substâncias químicas.
A
verdade é que o gênero masculino passa por uma grave crise de identidade em
função dessas transformações que as mulheres estão sofrendo após os quatro mil
anos de repressão sofrida.
Não
por acaso, a frequência dos consultórios terapêuticos, que era essencialmente
de mulheres, já conta com um número equivalente de homens.
Sexo
com parceiros antigos, e outros nem tanto, é o resultado da convivência no
diário de muito carinho, confiança, amor e cumplicidade, e não, o simples ligar
de uma máquina que deva funcionar ininterruptamente, ainda que sob o efeito de
fármacos possantes e, ao mesmo tempo, prejudiciais ao organismo, de forma às
vezes letal.
Homens
inibidos e assustados com essas novas companheiras, tornam-se presas fáceis
para relações extraconjugais que, pagas ou não, trazem consigo a ausência de
cobranças afetivas sexuais, tão necessárias a um bom desempenho nessa área
ainda bastante obscura do comportamento humano.
Cabe
aos homens tentar entender essas novas mulheres ávidas por sexo e,
principalmente, por exercitar a sua sedução, coisa que a sociedade moderna com
suas indústrias da beleza não se cansa de divulgar e valorizar.
Bons
momentos de sexo não podem se transformar em obrigação. Devem ocorrer por
merecimento de ambas as partes.
Quanto
mais nos afastarmos da natureza, maiores serão as nossas dificuldades nesse
tópico fundamental da vida, o sexo, que em pleno século XXI ainda é motivo de
tantas aflições.
Gabriel
Novis Neves
12-05-2015
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