Relevante
o fato de ter aumentado em 528% o número de reproduções assistidas nos últimos
dezoito anos pelo mundo.
Os
bancos americanos de sêmen são atualmente verdadeiros templos da reprodução.
No
início, a grande procura era feita por relações homoafetivas femininas que
queriam ter os seus rebentos sem a participação da figura masculina.
Um
doador, dentro dos padrões desejados em termos de compleição física e mental,
chega a receber cem dólares por doação. Basta que ele se adeque a padrões
preestabelecidos.
Na
maior parte dos países essas doações são sigilosas e o material recolhido passa
a ser catalogado por número.
Dessa
forma permanece oculta a identidade do doador, mantendo-se em conta somente as
suas características genéticas.
Atualmente,
países como a Alemanha, Inglaterra e a Noruega, aboliram o anonimato e isso vem
causando algumas discussões éticas e que começam a chegar ao Brasil.
Através
da mídia, sempre precursora dos modismos de cada geração e suas implicações na
sociedade, já assistimos a novelas que já discutem abertamente os diferentes
tipos de família que vêm se formando nos tempos modernos.
Agora
surge a polêmica sobre os irmãos numerados dos doadores de sêmen.
O
ser humano tem necessidade de saber das suas origens, mesmo que oriundo de
vários tipos de reprodução.
Esses
questionamentos, que estão apenas começando e que já compõem até enredo de
novela, são sinais de um novo tempo despontando.
Imaginando
que alguém possa ter até quinhentos ou mais irmãos, que rumo tomará as relações
familiares?
Os
laços afetivos, com certeza, começam a aparecer como mais importantes que os
laços sanguíneos.
Nem
o filósofo Aldous Huxley conseguiu ir tão longe com suas fartas elucubrações
sobre o futuro no seu fantástico “Admirável Mundo Novo”.
Um
trabalho a mais para as futuras gerações: buscar seus inúmeros meios-irmãos, se
é que até lá isso ainda terá alguma importância.
Gabriel
Novis Neves
16-05-2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.