Até
pouco tempo atrás essa palavra gerava imediatamente em nosso inconsciente uma
sensação de saúde e de bem estar.
Afinal,
pedalar é um dos meios de locomoção mais ecologicamente correto, daí a
bicicleta ter se tornado também um símbolo de prazer.
Mas,
eis que, de um dia para o outro, acordamos com a palavra “pedalada” acrescida
da palavra “fiscal” em todas as mídias, significando, em economês, a capacidade
de empurrar para frente dívidas vencidas.
Seria
mais ou menos como se na nossa casa optássemos por fazer uma grande festa ao
invés de pagar as despesas do mês.
Festa
é festa, e não pode ser preterida em função de pagamentos obrigatórios.
Simples
assim! E tem sido o objeto de desejo de governantes não comprometidos com o
rigor que o cargo exige. Priorizam festas que já não tinham condições de
realizar, a não ser maquiando todas as contas públicas.
Ao
que parece, e assim indicam todas as fontes de informação fidedignas, em 2002,
já em vigor a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Brasil tinha um déficit de
vinte e cinco bilhões de reais que, em 2014, passou a ser de duzentos e vinte
sete bilhões.
Realmente
não somos um país sério, e não devíamos nos importar quando os nossos colegas
de planeta não nos incluem entre as economias confiáveis.
E assim,
aqui no terceiro mundinho, nunca mais as pedaladas a trabalho ou a lazer serão
as mesmas.
Gabriel
Novis Neves
24-04-2015
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