Estamos
saindo de uma semana de feriados religiosos e já iniciamos o planejamento para
mais uma esticadinha de descanso (até porque ninguém é de ferro), desta vez com
viés cívico.
Somos
ensinados no dia a dia que tudo que nos estiver incomodando deve ser adiado.
Não tem sido assim com todas as votações de interesse público?
O
pior é que a gente vai se acostumando com os feriados espichados, e depois fica
difícil voltar à rotina diária.
Até
certo ponto é uma defesa do nosso organismo para se proteger do desnecessário
sacrifício de trabalhar para produzir receita para o Tesouro de um país
corrupto.
Com
a queda da arrecadação dos impostos, menos roubalheira haverá e, pior do que
está nossa nação, não tem como ficar.
A
cada dia que passa os belos discursos de compromissos da campanha eleitoral
ficam mais difíceis de serem cumpridos.
Teremos
uma safra de governantes de vacas magras e muitos encerrarão suas carreiras
políticas por vergonha de não cumprirem com o prometido. Será?
A
prefeitura cobra do governo do Estado, que cobra do governo federal, que cobra
da “crise internacional”, pela caixa vazia dos cofres públicos.
O
país está em pleno arrocho fiscal e a corrupção não preocupa o Ministro da
Justiça, porta voz oficial do governo federal.
Sem
recursos financeiros e altas dívidas a pagar, os mais belos planos de
desenvolvimento elaborados por bem pagos marqueteiros se perdem como uma nuvem
diante de uma forte ventania, não deixando sequer rastros.
Nestes
momentos cruciais é que surgem os estadistas, olhando para frente para retirar
o nosso país deste caos em que foi atirado.
O
que ouvimos é um interminável bate-boca, cada qual jogando a culpa no outro e
penalizando o trabalhador responsável pelas nossas riquezas.
A
ressaca dos feriados é curada pelo pesadelo das nossas dificuldades sem
soluções - entra governo sai governo.
Então,
que venham os feriadões!
Gabriel
Novis Neves
10-04-2015
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