Assim
são conhecidos os viciados em mentira, ou seja, quando esta se torna uma
compulsão.
É
considerado um distúrbio de personalidade. Estatisticamente cem entre mil
adultos apresentam essa deformação.
Seus
portadores criam sempre histórias mais ou menos verossímeis de modo que suas
mentiras sejam, na maioria das vezes, críveis.
A
medicina ainda desconhece tratamento para esse tipo de comportamento e
imagina-se que ele esteja ligado a alguma falha no sistema nervoso central.
O
grave é que no dia a dia algumas vezes nos deparamos com pessoas com essa
patologia, às vezes até em altos cargos da vida pública e privada.
Uma
das características é que a mentira sempre lhes favorece. Embarcam fundo no
mundo fantasioso por elas criado e progressivamente não mais distinguem o real
da mentira.
Pessoas
com esse perfil, quando vinculadas ao mundo político, causam profundos
malefícios à sociedade.
Como
são despidas de autocrítica, imaginam-se distribuindo um manancial de vivências
espetaculares que julgam somente suas e absolutamente intangíveis para os
outros simples mortais.
Estão
sempre prontos a se beneficiarem de tudo e de todos, por menores que sejam as
benesses, e possuem grande poder de persuasão para os menos avisados.
Insuflados
pela sede de poder levam suas viagens fantasiosas a todo tipo de megalomania.
O
pior é que as pessoas por elas governadas, confusas, também tendem a entrar
nesse clima de bravatas quixotescas antes de se tornarem anestesiadas.
As
diversas mídias, inseridas no mercado de consumo, facilmente manipuladas pelas
razões óbvias, acabam contribuindo para a divulgação desse mundo onírico e
mentiroso.
A
história tem nos mostrado o caos em que mergulharam e continuam mergulhando
povos liderados por mitômanos e por outros tipos de personalidades psicóticas.
Para
nós médicos, verdadeiros desnudadores da alma humana, fundamental para o
entendimento das diversas patologias, é bem mais fácil o reconhecimento desses
pobres falsários da mente.
Isso,
a bem da verdade, para aqueles que ainda se dedicam a elaborar uma boa e longa
anamnese, e a um importante relacionamento médico-paciente daí decorrente.
Gabriel
Novis Neves
20-04-2015
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