sábado, 13 de janeiro de 2024

TODA SABEDORIA DOS PROVÉRBIOS POPULARES


Os provérbios, ou ditados populares, estão enraizados em nossa vida. São expressões usadas para transmitir conhecimentos enfeixados no cotidiano da vida.


Finalidade de orientar, quando não aconselhar, em situações práticas.


Aprecio ilustrar as minhas crônicas com esses provérbios que carregam fácil compreensão.


Minha mãe se valia muito dessas expressões na educação dos seus filhos. Daí por que tenho uma dezena delas guardadas na cachola.


Aproveitando aquela chuvarada de ontem, ‘desabei’ a escrever como nunca.


Quando parei, forçado pelo cansaço de horas, tinha mais 4 crônicas no meu computador!


Longe da alegria pelo trabalho realizado, senti-me abraçado pela saudade.  


Veio-me à mente minha querida mãe. Em situações semelhantes tascava um ‘dia de muito, véspera de pouco’!


E não é que aconteceu?


Acordei disperso, e nada brotava que me fizesse escrever!


A ‘profecia’ da minha mãe não perdeu sua validade.


Fui criado e educado assim. Daí meu ‘instinto’ de nunca entregar os pontos, o que, às vezes me faz sofrer.


Se no boletim escolar vinha com a nota máxima em todas as matérias, ela — sempre exigente — me dizia que ainda podia melhorar, para que minha avaliação não decrescesse.  


Dessa forma agia ela no curso de toda a sua vida!


Tanta sabedoria embute os ditados populares, e eu mantenho uma enormidade deles que não se apagaram da memória dos meus tempos de criança.


Gosto de todos.


Já na idade avançada, não posso deixar de anunciar: ‘boa romaria faz quem em sua casa fica em paz’.


Tanta verdade e sabedoria guardada em uma simples frase, que nem Platão conseguiria emoldurá-la.


Faz-lhe companhia o: ‘antes só que mal acompanhado’ que arrasta a ‘solidão’. Ah, tanto mal faz às pessoas.


Continuando com essas reminiscências aprendidas em casa, ‘para bom entendedor meia palavra basta!


Discurso longo fica a perder.


E àqueles que desconhecem seu lugar na sociedade, nada mais condensado — e apropriado — que ‘cada macaco no seu galho’. Por certo, matéria disciplinar.


As moçoilas namoradoras de alguém — quando não do agrado de sua família — só ‘cego não vê’.


Também a ‘mentira tem pernas curtas’. Quatro palavras, quanta verdade!


Na ‘casa de ferreiro, espeto de pau’, muito conhecido dos médicos que em casa não tem nem mesmo um comprimido para baixar a temperatura.


Sem entrar em detalhes cá, inventario alguns outros para reflexão: ‘Deus escreve certo por linhas tortas’. Mais este: ‘O que os olhos não veem, o coração não sente’. Não poderia me esquecer deste, que muito me diz: ‘De médico e louco, todo mundo tem um pouco’.


‘A Cavalo dado não se olha o dente’. Verdade é que o povo costuma deturpá-lo: ‘Cavalo dado não se olha os dentes’. Seja um, seja outro, não se deve recusar o que nos presenteiam.


Corre por aí: ‘Em terra de cego, quem tem um olho é rei’. Outro mais, que todos conhecemos: ‘O seguro morreu de velho’.


Encerro com uma miscelânea de provérbios: ‘quem com ferro fere, quando come se lambuza, quem nunca comeu melado, com ferro será ferido’.


Entendeu a ‘mistureira’, ao modo de dizer do povo?


Não proponha a mim essa indignação!


Haverei de responder ‘não’.


Gabriel Novis Neves

04-01-2023




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