É próprio do meu costume atual almoçar assistindo o noticiário nacional pela tevê.
Percebi que, quando faltavam três dias para o ano se despedir, o Brasil parou literalmente, preparando-se para as instigantes festas do ‘réveillon’.
Os economistas dão seu recado: teremos uma grande ‘injeção de recursos’ em nossa economia.
A tevê estampou com detalhes as obras finais da montagem dos gigantes palcos nas capitais litorâneas.
A grande festa aqui no cerrado, com atrações artísticas do Brasil todo, foi programada para Chapada dos Guimarães. Taí um local que incendeia os turistas, carreando por tabela bons recursos para o município.
Mas — sempre há um ‘mas’ — um deslizamento de terras no ‘Portão do Inferno’ impediu o tráfego de veículos para a aprazível cidade.
O ‘desvio’ é complicado. Ele se dá em estrada de ‘chão batido’, construída por índios da região há muitos anos. Por conta das chuvas, o seu percurso parece se agigantar. Haja atoleiros.
Esse acidente da natureza, ao invés de evitar, haverá de dificultar a chegada dos turistas para a festa da passagem.
Alguns desistirão da aventura — é o que informam os donos das pousadas — a este local tão privilegiado por suas belezas naturais.
Olhos na tevê, o ministro da Fazenda fala em défice da economia, controle de gastos e reforma de tributos.
Enquanto isso, os professores da nossa Universidade Federal não têm aumento salarial há cinco anos. É de doer!
Já o dissemos, continuam lutando na justiça por uma causa que emperrou. Sem dizer das batalhas vencidas. Só Deus sabe por que não recebem o troféu que tanto merecem.
Outro grupo de professores, não pequeno, perdeu sua ‘Função Gratificada’, depois de usufruir do benefício por mais de vinte anos. Vá entender!
A verdade é que, entra e sai ano, as coisas são as mesmas, não se alteram.
Festas para os milionários em lugares luxuosos pelo mundo afora. Já os mais simples se regalam em dividir a carne em casa. Ao modo do dizer do povo, tudo segue pela mesma ‘inhanha’.
O Brasil tem caminhado para trás em todos os setores da nossa vida. Não foi esse o sonho que sonhamos os da minha geração e de outras que nos antecederam.
Na música popular, na década dos anos 30, nossa cantora de sucesso foi encantar o povo americano, cantando, dançando e morando em Los Angeles, a cidade do cinema.
Hoje, nossa cantora de sucesso decantado é a fanqueira Anita!
Esse meu hábito atual não se revela dos mais saudáveis. Vou almoçar com minha tevê desligada! Falei!
Com toda certeza, será bem melhor a digestão. Ah, minha soneca será mais tranquila!
Gabriel Novis Neves
29-12-2023
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