quinta-feira, 19 de outubro de 2023

SUGESTÕES DE LEITORES


Tenho recebido sugestões de leitores sobre determinadas cônicas publicadas.


A ‘Vida do Idoso’ interessou muito mais às mulheres.


Como relatei ter calculado o acompanhamento de mais de dez mil partos, gostariam que eu escrevesse sobre as parturientes, seus temores, alegrias e tristezas.


O mundo da gestação é influenciado pela educação, cultura, religião, superstição.


Não é uma doença, e só acontece com a mulher na sua maioria jovem e bem saudável.


Na ‘Vida do Idoso’, relatei que fiz partos de todas as maneiras possíveis, pois a natureza é sábia e sabe o que faz.


O bom médico parteiro é aquele que não contraria a natureza.


A gestante se torna amiga do seu médico e durante nove meses do período de uma gestação está em contato com ele.


A amizade surgida no pré-natal e maternidade terminava com o parteiro padrinho da criança, isso antigamente.


Com a desumanização da medicina, essa tradição foi aos poucos sendo interrompida.


O padrinho do meu filho caçula foi o médico parteiro que acompanhou a minha mulher, há 56 anos.


Recebi o presente de ser escolhido padrinho na igreja de muitas crianças sendo batizadas com o meu nome, no masculino e feminino.


Mantenho relacionamento com todos, sendo uns mais outros menos.


Amo a todos!


Interessante que possuía o hábito de batizar as crianças ao nascerem comigo, e quando chegavam ao quarto ou enfermarias já não eram pagãs, livres que estavam do pecado original.


No meu retorno à Cuiabá em 1964, os médicos antigos batizavam os recém-nascidos na sala de partos, ou quando nasciam em casa.


Minha irmã caçula nasceu em casa, e 1955!


Publiquei em crônica que meu último consultório era de terapia visual para melhor e imediata compreensão das minhas gestantes.


Os objetos de arte relacionados às angustias das gestantes não precisam de tradutores, pois o cérebro humano estimulado pela visão, faz essa tarefa com instantâneo aproveitamento.


Atendi gestantes e fiz partos em vários locais do Rio de Janeiro: nas favelas, dentro de ambulâncias, no assento traseiro do táxi, na porta da maternidade, na cama da enfermaria, no banheiro da Pro Matre.


Ainda em Goiânia, no SAMDU, Maternidade de Cuiabá, Hospital Universitário Júlio Muller, quando tive oportunidade de acompanhar o parto de uma indiazinha que não falava o português, com um missionário jesuíta, que ficou o tempo todo ao seu lado.


Meses depois fiz questão de que o missionário a levasse ao meu consultório na Clínica Femina.


Ela compreendeu toda a linguagem visual sobre a gestação.


Foi uma grande aula de vida ter convivido durante 60 anos — com gestantes!


Gabriel Novis Neves

08-10-2023











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