domingo, 22 de outubro de 2023

COLEÇÃO DE CARROS ANTIGOS

Uma amiga tem coleção de carros antigos guardados no quintal da sua casa.


Muita gente tem esse hábito.


O meu fisioterapeuta comprou uma carcaça de um fusquinha 1960 e mandou instalar nele todas as benfeitorias modernas.


Está quase pronto para desfilar aos domingos pelas ruas da nossa cidade.


Essa relíquia tecnológica é só para exibição, e ele é amarelinho.


A amiga colecionadora de carros antigos, mania que adquiriu há algum tempo possui:


Um fusca original 1966 de cor cinza.


Variant.2 original 1978 amarela.


Um Fusca Itamar (customizado), que perdeu a sua originalidade e ganhou cor azul metálico.


Ele tem ar condicionado, vidro elétrico, som, câmara ré, rodas liga-leve, TV, estofamento de couro, câmbio e volante modernos, etc.


Habitam um espaçoso terreno com cobertura, que os protegem do sol causticante e chuvas.


Aprendi a gostar de colecionadores ainda bem criança, com meus seis ou sete anos.


Morava na rua de Baixo e a minha mãe era amiga de uma família pernambucana que foi transferida para cá.


Seu Eufrásio tinha uma sala com uma linda coleção de borboletas.


Fiquei apaixonado pelas expressivas e multicoloridas asas das borboletas e pelo estudo da botânica.


Anos depois essa família de amigos retornou à sua cidade natal e perdemos o nosso museu, o que foi uma pena.


Nesse mesmo espaço da pracinha da rua de Baixo, morava um armênio casado com uma poconeana, e sua casa era um museu de fotografias de Cuiabá.


Como era gostoso atravessar a rua para ver as centenas de fotos tiradas pelo Cháu nas vitrines do seu atelier!


Aos dez anos meus pais mudaram-se para sua casa própria na rua do Campo.


Anos depois o Cháu mudou-se para sua casa própria na rua do Meio, onde funcionava também o seu estúdio.


Um curto circuito na rede elétrica do seu estúdio destruiu parte da nossa memória visual.


Conheci colecionadores de armas de fogo, nada comparável a oficina do Névio Lotufo, exímio dançarino e colecionador de parafuso até automóvel conversível, por muitos anos o único de Cuiabá.


Utilizava o ‘conversível’, principalmente, para conduzir as cantoras famosas do rádio, como a Emilinha Borba, para os shows no Sayonara, do Nazir Bucair no Coxipó da Ponte.


Ramis Bucair tinha o Museu de Pedras em seu amplo escritório.


Ao implantar a nossa universidade, criei o Museu Rondon, o Museu de História Natural, outro de Arte e Cultura Popular tudo isso despertado pela paixão dos museus adquirida na minha infância.


Gabriel Novis Neves

14-09-2023










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