Com nossos gestores públicos, aprendi que político tem ciúme de político. No exercício de cargos políticos, pude comprovar a veracidade dessa afirmação.
Já as mulheres possuem orgulho doentio de suas ambições. Muitas até se esquecem da delicadeza — que lhes é peculiar — para promover agressões gratuitas sem fim.
O orgulho denota pretensão de superioridade e de arrogância, gerando problemas no relacionamento.
É muito complicado o convívio social com essas pessoas, sejam homens, sejam mulheres.
O orgulho — o mais grave dos sete pecados capitais — não resiste à humildade, seu antídoto.
Ele se revela tão grave, que pode gerar inimizades irreversíveis. Daí por que é considerado o pai dos pecados, à luz da Igreja Católica.
Durante minha vida, tive oportunidade de trabalhar com muita gente: “Cada cabeça, cada sentença”, diz o provérbio latino. Foi então que aprendi a lidar com fraquezas e imperfeições humanas.
Muitas vezes, na qualidade de chefe, tive que me anular, para que o projeto que comandava continuasse a sua trajetória rumo ao sucesso.
Vezes houve em que, para fugir a novos transtornos, cedia ao orgulho de meus companheiros.
Poderia até trazê-los à luz, mas prefiro omitir-lhes o nome, passado tanto tempo. Assim, preservo-lhes a memória, já que muitos não estão entre nós.
Meu grande laboratório humano foi o exercício de minha profissão de médico, em consultórios e hospitais.
Ocorreu-me o ensejo de tratar e cuidar do material mais importante, que é a criatura humana.
É no âmago dela que se sucedem todos esses conflitos emocionais, causando doenças orgânicas, o que a força a recorrer a médicos.
Fiz a minha graduação em problemas da mente na própria Universidade. Já a especialização, cursei-a no hospital psiquiátrico Adauto Botelho. Se o mestrado pude fazê-lo nos hospitais públicos e universitários, o doutorado se deu em meu consultório.
Para maior eficiência de minhas consultas médicas, meu consultório cuidava de terapia visual, o único existente no Estado.
Atualmente, o material visual se encontra na biblioteca do meu apartamento, sendo visitado, aqui e ali, por estudantes de medicina, quando não por médicos.
O orgulho excessivo, assim como o ciúme, a prepotência, a arrogância, a inveja, a soberba, somados a outros transtornos, causam ou são doenças que devem ser tratadas pelos médicos generalistas, em alguns casos por especialistas.
Gabriel Novis Neves
17-09-2023
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