segunda-feira, 16 de outubro de 2023

SEXTA COM CARA DE SEGUNDA


Quando o feriado é na quinta-feira, a sexta-feira tem cara de segunda-feira e o dia seguinte é o sábado, véspera de domingo, que é feriado.


Minha cabeça fica rodando, os dias passando e os boletos chegando para pagar.


Há guerras acontecendo pelo mundo, quando feriados e domingos não são respeitados!


Na ressaca pós-feriado, acordamos com inúmeros vídeos em nosso celular.


No país do futebol é bom lembrar que a seleção brasileira jogou na noite anterior na Arena Pantanal, pelas eliminatórias da próxima Copa do Mundo.


Quarenta mil pessoas enfrentaram o preço alto dos ingressos para assistirem à partida de futebol entre o Brasil e a Venezuela.


O gramado da Arena estava bom e a temperatura ‘agradável’ de 36 graus centígrados com sensação térmica de quarenta.


O craque e camisa 10 da seleção não estranhou o clima de Cuiabá, pois atualmente mora na Arábia Saudita e é jogador do clube Al-Hilal, onde o clima é desértico.


Outros jogadores perambulam pelos ricos clubes do Oriente Médio.


Tudo foi preparado minuciosamente para o grande evento.


Os torcedores que chegavam à Arena eram entrevistados pelas TVs e não continham a sua alegria.


Eram homens, mulheres e crianças que, quando interrogados sobre previsão para o placar do jogo, todos estavam confiantes na vitória da seleção canarinho.


Ninguém sequer ousou pensar em um resultado com diferença de poucos gols, muito menos em um empate.


Iniciado o jogo, o Brasil demonstrou que tinha o controle da partida, mas a primeira etapa terminou com o placar mudo.


Seus atacantes não estavam com as pontarias calibradas e os chutes eram longe das traves adversárias.


Esperava-se um segundo tempo devastador rumo à goleada esperada.


Logo aos quatro minutos da etapa final, o nosso camisa 10 cobrou com perfeição um escanteio.


O nosso zagueiro veio lá de trás e cabeceou certeiro, marcando o gol do Brasil.


Estava aberta a ‘porteira’ para a goleada, porém o que ninguém esperava era que no finalzinho do jogo o atacante do time da Venezuela, de ‘bicicleta’, mandasse a bola para os fundos da rede do Brasil.


Os aplausos das arquibancadas foram transformados em vaias de decepção.


Pior: ao deixar o gramado rumo aos vestiários, nosso camisa 10 recebeu em sua cabeça, um certeiro saco de pipocas!


Escrevi esta crônica narrativa, numa sexta pela manhã, com cara de segunda-feira.


Gabriel Novis Neves

13-10-2023









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