Iniciei novas atividades voltadas ao conhecimento da língua portuguesa, pois pretendo melhorar os meus textos.
Comecei a valorizar o estudo da gramática só após a minha aposentadoria.
Desconheço a razão dessa minha decisão. Acredito que se deu por um conjunto de fatores.
O primeiro, creio, foi superar a solidão decorrente da viuvez, sentindo vazio o ninho após o casamento dos meus três filhos. Só assim pude descobrir, de modo prazeroso, o meu tempo, já de idade avançada.
De “escritor” de anamneses — história do paciente —, passei a escrever crônicas versadas sobre o cotidiano, muitas pinçadas em minha biografia.
Releva dizer que sinto necessidade de aprender a escrever corretamente nosso idioma. Nesse andar, decidi enriquecer meu repertório gramatical.
Meus textos até então eram técnicos de medicina, meu feijão com arroz vida afora.
Fazia um mundo de anamneses por dia, descrições de procedimentos em centros cirúrgicos e laudos periciais.
Lia muito sobre assuntos correlatos ao meu veio profissional da medicina e nunca tinha escrito algo diferente que não as cartas semanais para a minha mãe, ainda estudante no Rio de Janeiro.
Confesso-lhes, sem pudor algum, que alimentava uma inveja santa dos cronistas dos jornais do Rio. Ah, eram tantos e primavam pela excelência!
Nomeio alguns:
Rubem Braga, Carlinhos de Oliveira, Carlos Drummond de Andrade, Antônio Maria, Nelson Rodrigues, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, Carlos Heitor Cony, Luís Fernando Veríssimo.
A crônica é um texto narrativo, curto, de linguagem simples, clara e leve.
Retrata aspectos do dia a dia das cidades e das pessoas, sempre albergando toques de humor ou ironia.
Para escrever uma crônica, gênero literário que deveras aprecio, aprendi o português básico com o professor cuiabano Cesário Neto.
Com meus novos afazeres, despontou em mim o interesse de esmerar minha gramática, para não brigar tanto com as vírgulas, traços e pontuação. Intento maior é facilitar a compreensão dos meus textos, fluindo com mais leveza.
Contratei um professor de português, para essa nova atividade.
Sempre há tempo para aprender uma matéria ‘difícil’ como a nossa gramática. Ao menos ao meu sentir!
Eu me envaideço de não ter perdido tempo no correr dos meus dias. Digo-o, por tudo de significativo que empreendi. Não só para Cuiabá, meu torrão natal. Também para o Estado, braços abertos para acolher a todos.
Agora, meta é escrever sem tantos erros gramaticais. Tomara seja coroado de êxito!
Gabriel Novis Neves
25-09-2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.