Engraçado
que o nome pixuleco não faz jus à gravidade da investigação em curso na
Petrobras.
Talvez,
por lembrar pixote, adquira uma leveza que só a nossa variedade gramatical pode
conseguir.
No
entanto, pixulecos não são para pixotes, e sim, para gênios da arte de roubar.
Quem
diria que uma brincadeira entre amigos sindicalistas, cujo esporte favorito era
afanar milhões de reais dos cofres públicos para manter o poder conquistado
através do voto, pudesse levar para a cadeia o capitão do time.
Graças
à dedicação de jovens promotores da Procuradoria Federal do Paraná, com o apoio
da Polícia Federal, em um trabalho discreto e de grande competência, o juiz
Sérgio Moro tem demonstrado que este país mudou.
A
lei tem de ser para todos. A impunidade passou a ser coisa do passado.
Do
jeito que as investigações prosseguem não está distante o dia em que o grande
feiticeiro irá conhecer as instalações do centro de ressocialização de
Curitiba.
O
processo de exame dos delitos cometidos não tem retorno.
Todos
nós imaginamos, ainda faltando muitos capítulos para o final dessa novela de
horror, como será o desfecho da história - que está revelando crimes nunca
antes desvendados neste país.
O
mês de agosto tem uma tradição de fatalidade política, e esperamos que agora
tenhamos um final esclarecedor, em que o estado democrático e de direito será
preservado com a prisão dos principais responsáveis pela história do maior
assalto aos cofres públicos da história.
O
império da verdade e da justiça prevalecerá, recolocando este país no caminho
do qual jamais deveria ter saído.
O
pixuleco passará a ser mais uma curiosidade gramatical - tempos amargos. E,
nunca mais, sinônimo de propina.
Essa
é a esperança de todo o povo brasileiro.
Gabriel
Novis Neves
05-08-2015
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