País
com excelente nível cultural, o Irã acaba de se livrar de quarenta anos de
sanções econômicas por parte das grandes potências mundiais, acusado que estava
de usar o urânio para fabricação de uma possível bomba atômica.
A
repercussão desse acordo foi extremamente positiva, principalmente na sociedade
civil iraniana que terá liberdade total na sua capacidade de ir e vir, ainda
que os contratos entre Irã e EUA, historicamente, recebam desconfianças mútuas.
O
Irã, o quarto maior produtor de petróleo do mundo e o segundo na produção de
gás natural, anda com a sua indústria petrolífera combalida, não só em função
da queda mundial do preço do petróleo, mas, principalmente, em função das
restrições pesadas em sua economia. Levará certamente algum tempo para
refazê-la.
O
líder iraniano Komanei já havia se posicionado a favor de um acordo, cujo ponto
básico seria a ausência de fabricação de material nuclear para fins bélicos.
As
dezenove usinas que enriquecem o urânio serão reduzidas para treze, e sempre
para uso não militar. Inspetores internacionais terão acesso a essas usinas
sempre que assim o desejarem.
O
acordo foi bem aceito pelas grandes potências mundiais, porém, rechaçado por
Israel e por alguns representantes fortes do mundo árabe, como por exemplo, a
Arábia Saudita.
Para
nós aqui da terrinha, mais um competidor de peso para a nossa já tão combalida
Petrobrás.
A
luta entre persas e árabes é histórica e fundamentada, essencialmente, em
questões religiosas, além das econômicas.
Os
países do Golfo Pérsico, de maioria sunita, não veem com bons olhos o Irã
xiita, se bem que atualmente apenas 10 a 15% de sua população pertençam a essa
etnia.
É
bom registrar que esse acordo entre Irã e EUA ainda precisa de dois terços de
aprovação por parte do Congresso Americano, de maioria republicana, contrária
ao democrata do presidente Obama.
Isso
significa que, se o próximo presidente eleito for republicano, o acordo será
vetado.
Tudo
isso só mostra as fragilidades dos rumos mundiais diante de tantos fatores
contraditórios.
De
qualquer forma, os iranianos, principalmente os jovens, festejam nas ruas a
liberação positiva de toda uma economia atravancada por tantas sanções e por
longos anos.
Gabriel
Novis Neves
22-07-2015
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