Diante
da séria crise financeira que corrói o nosso país, o governo resolveu chamar um
banqueiro internacional altamente conceituado no mundo do dinheiro para
consertar a nossa situação.
Foi
então proposto ao governo - que aceitou - um severo ajuste fiscal nas suas
contas, cujos resultados satisfatórios surgiriam em médio prazo, evitando a
nossa caída para o grupo dos países de investimento de risco.
Para
tanto teria de contar com o apoio integral do nosso Legislativo e Judiciário e
da compreensão e paciência da nossa gente.
Neste
tabuleiro, o Executivo teria de demonstrar com fatos concretos a sua intenção,
o que, infelizmente, até agora não aconteceu.
Enquanto
mantiver uma máquina administrativa com trinta e nove diferentes Ministérios e
cerca de vinte e dois mil cargos comissionados, alguém acredita que essas
medidas de austeridade embutidas no ajuste serão para valer?
Se
receitas adicionais é cortar investimentos, fazer contingenciamentos de
orçamento e deixar de repassar recursos constitucionais aos estados e
municípios, com certeza, estamos na contramão da recuperação da nossa economia.
Espera-se,
isso sim, que o governo, junto ao Congresso, elimine o engessamento das
despesas obrigatórias, corte as infames mordomias de alguns segmentos de
barnabés e extermine de uma vez por todas o “custo Brasil”, que é a forma
elegante de chamar a corrupção - que tem metástases em todo o território
nacional.
Viagens
internacionais imperiais sem objetivos, apenas para efeito interno de
notoriedade, imensas comitivas com seus integrantes utilizando-se dos incríveis
cartões corporativos e hospedando-se em hotéis luxuosos, não traduzem
austeridade administrativa.
Por
enquanto, apenas as faixas de população C, D e E estão sofrendo os horrores de
um ajuste fiscal desequilibrado.
Gabriel
Novis Neves
31-07-2015
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