Ao
assumir o ministério da Fazenda, Joaquim Levy surgiu como o novo mandarim da
nossa economia.
Tinha
como tarefa principal fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer já no segundo
semestre. Para alcançar esse objetivo faria um ajuste fiscal.
A
otimista Presidente garantia que isso seria uma coisa passageira. O ministro,
por sua vez, prometia metas realistas, essenciais para a atração de
investimentos internos e externos.
Passado
alguns meses, o homem que veio para consertar as nossas contas, começou a
enfrentar um processo de desidratação na credibilidade das suas propostas
terapêuticas.
Contrariado
nos seus planos, resolve flexibilizar o ajuste fiscal no seu modelo original,
mandando às favas o que há pouco havia prometido sobre como recuperar o
superávit primário e a credibilidade junto aos homens de dinheiro.
Começa
então a cair a estrela do competente Ministro da Fazenda.
A
equipe econômica passa a ter comando duplo com a ascensão do Ministro do
Planejamento.
O
ex-todo poderoso ministro Levy já não participa de todas as reuniões com os
seus colegas ministros sobre o moribundo ajuste fiscal.
Analistas
diagnosticam o enfraquecimento de Levy pelo fato de ter concretizado seu ajuste
em laboratório, ignorando a realidade concreta.
Também
subestimou o tamanho da crise econômica e a sua deterioração com a crise
política.
Sabemos
ser impossível solucionar a crise econômica sem resolver a política.
O
técnico Ministro da Fazenda não avaliou corretamente as dificuldades para
aprovar as suas propostas no Congresso.
Quando
não deveria, ficou surpreso ao constatar a queda vertical da arrecadação.
O
pior é que hoje a Presidente ouve mais o seu Ministro do Planejamento que o da
Fazenda, de perfil iminentemente técnico.
Levy
depende de uma série de “se” para manter-se no cargo, o que é pouco provável.
Como
resultado, a recessão se alongará por mais tempo, provocando mais perda da
receita da União.
O
desemprego e a inflação seguirão em alta e os juros em patamar estratosférico.
Mais
do que o Ministro da Fazenda, emagrece o país!
Gabriel
Novis Neves
30-08-2015
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