Nessa
terceira monstruosa mobilização do povo na rua, não houve um foco de
reivindicação para tamanha indignação e, muito menos, um líder.
O
que fazer com essa massa de descontentes com a situação atual de crise
econômico-financeira, moral e ética que atinge todo o território nacional?
O
staff político do Planalto está de plantão permanente com a sua elite (?) de
entendidos sociais para decifrar o que fazer para desarmar esta bomba de efeito
retardado que poderá destruir ou retardar o crescimento da nossa nação.
Preocupações
da desvalida classe média são totalmente sem importância para o jogo do poder.
Os
manifestantes sem líder querem apenas mais ética na política, com os ladrões
dos cofres públicos na cadeia, o fortalecimento do trabalho do Juiz Sérgio Moro
e colaboradores do Ministério Público e Polícia Federal e um país mais digno e
justo para se viver.
Estamos
falando desses representantes que aparecem nas manifestações de rua.
Enquanto
o povão não se fizer representar por livre e espontânea vontade, nada
acontecerá. Somente as massas têm algum poder de mudança.
Tudo
parece um grande sonho, pois os órgãos superiores responsáveis por esta nação
dão sinais de um gigantesco acordo para que tudo continue como dantes.
Inflação
fora do controle, ajuste fiscal remendado, aumento do desemprego e subemprego,
greves nos setores básicos ao nosso desenvolvimento, queda da arrecadação,
aumento de impostos e maior número de brasileiros sem condições de se manterem
em suas mínimas necessidades – tudo continuará assim.
Enquanto
isso, a economia americana nem se recorda mais da bolha imobiliária de 2008, e
os preços estão caindo, como no caso da gasolina e dos impostos.
Até
a Grécia apresenta sinais de recuperação na sua economia! A Europa ressuscitou
da sua má fase. Não vejo a hora em que seremos ultrapassados por Cuba.
Ficaremos
em companhia da Venezuela, Haiti, Nicarágua e Bolívia.
E
a nossa gente, mais esclarecida, indignada, permanece em casa, pois não temos
líderes.
Assim
como importamos médicos para resolver o problema da nossa saúde pública, chegou
o momento de importamos líderes.
É
o que enxergamos no horizonte conturbado do nosso futuro.
Gabriel
Novis Neves
18-08-2015
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