O
jornal do Conselho Federal de Medicina em sua última publicação mostrou dados
alarmantes com relação ao funcionamento das maternidades brasileiras.
“A
baixa remuneração paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pela saúde suplementar
tem levado os hospitais a fecharem as suas maternidades, causando desconforto
para parturientes e médicos”.
O
levantamento mostra que de julho de 2010 a julho de 2014 foram fechados três
mil e quinhentos leitos no país - a maioria em hospitais particulares ou
filantrópicos conveniados com o SUS.
Segundo
o CFM, fecharam nos últimos anos as maternidades São Camilo (SP), Barra D`Or
(RJ) e Vita (PR), todas particulares.
A
má remuneração, inclusive de hospitais, é uma das causas do fechamento dos
leitos.
A
situação atual é desumana para médicos e parturientes.
Enquanto
isso, nossos dirigentes têm uma visão totalmente distorcida e autoritária sobre
o problema.
Certa
ocasião, diante de uma greve geral de médicos reivindicando melhores condições
de trabalho e salário, o então governador do Ceará, Ciro Gomes, disse aos
líderes do movimento não estar preocupado com a demissão em massa dos
profissionais de saúde, pois, médico é igual a sal: “branquinho, tem por toda a
parte e é barato”.
Recentemente,
conversando com uma autoridade deste Estado sobre a dificuldade do serviço
público atrair bons profissionais em medicina, este me respondeu que médico
existe em excesso e é uma profissão em decadência, podendo ser contratado por
salários irrisórios.
A
verdade é que as maternidades continuam fechando ou diminuindo o número de seus
leitos. O poder público não prioriza o investimento em saúde. Ficamos,
portanto, numa situação difícil!
O
grande prejudicado, como sempre, é a população pobre, que fica jogada e
morrendo pelos corredores dos poucos hospitais públicos ou conveniados com o
SUS.
A
rede privada está exaurida!
O
melhor é ter o plano de saúde dos privilegiados do poder, que conseguem ser
atendidos nos melhores hospitais do Brasil e do exterior bancados com os
impostos pagos pela nossa sofrida população.
Haja
injustiça social!
Gabriel
Novis Neves
13-06-2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.